Diário do Transporte
O Detran.SP divulgou dicas sobre postura para dirigir, com o objetivo de evitar dores na coluna e outros problemas causados por muitas horas atrás de um volante. As orientações são válidas para motoristas de ônibus, caminhão e carros de passeio.
O médico Alexandre Fogaça Cristante, especialista em coluna do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), deu dicas ao Detran.SP para os motoristas prevenirem as dores e os desgastes do sistema locomotor.
Confira orientações para evitar as dores na coluna:
– Realizar atividades físicas para fortalecer a musculatura abdominal e a para vertebral e, assim, dar
– Suporte à coluna;
– Manter o peso saudável;
– Fazer intervalos de duas em duas horas para alongar o corpo;
– Sentar com as costas apoiadas, o quadril dobrado em quase 90 graus e o joelho dobrado em 60 graus;
– Ajeitar a altura para que o olhar no horizonte que reto;
– Regular a altura do volante na altura dos ombros.
As dicas foram divulgadas por meio da série #PerguntaProDetran, realizada pelo Detran.SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) e transmitida por meio do Facebook.
Segundo o médico convidado, entre os fatores que predispõem os motoristas a terem problemas na coluna estão o fato de caírem muito tempo no trânsito e o impacto da trepidação.
No início, as dores no sistema locomotor costumam ser de natureza muscular e aparecem na cervical, na região dorsal, na lombar, eventualmente irradiada para os braços e pernas. Nesses casos, a simples mudança de hábitos pode resolver.
“Se a dor aparecer acompanhada de dormência, formigamento, perda de força nos braços e nas pernas e se tiver dor à noite, em repouso, é preciso procurar um médico”, armou o profissional.
Segundo o médico, cronicamente o problema deixa de ser muscular e a pessoa passa a ter desgaste nos discos, que são como amortecedores entre as vértebras. Ou problemas na junta das vértebras, que é a artrose.
Nesses casos, é necessário procurar atendimento médico, fazer uma avaliação e eventualmente exames para o diagnóstico. O tratamento, na maioria das vezes, é a reabilitação: fisioterapia, depois introdução a uma prática esportiva, de preferência sem muito impacto. (Diário do Transporte/Jessica Marques)