Campo de provas da GM recebe aporte de R$ 60 milhões

AutoIndústria

 

A General Motors investiu R$ 60 milhões em seu campo de provas de Indaiatuba (SP), em melhorias que incluem a adição de equipamentos para os sete laboratórios, dentre os quais o de motores e o de eletroeletrônica, além da construção da sua 17ª pista de teste.

 

O complexo do interior paulista, que ao todo ocupa uma área equivalente a 160 mil campos de futebol, está completando 45 anos de operações agora em 2019. Os investimentos, segundo a montadora, têm por objetivo desenvolver veículos inéditos e tecnologias inovadoras de conectividade, segurança e eficiência energética, que vão estrear com os próximos lançamentos da Chevrolet no Brasil.

 

“O Campo de Provas da Cruz Alta conquistou um novo patamar de protagonismo para a companhia devido às contribuições ao desenvolvimento de uma nova família global de veículos que está por vir”, comenta Ricardo Fanucchi, diretor do complexo. “O Onix mostrou que a engenharia brasileira é referência mundial na concepção de carros compactos de sucesso”.

 

Segundo o executivo, o complexo está aparelhado para desenvolver motores turbinados de alto rendimento e baixo consumo de combustível, além de equipamentos eletrônicos e até autônomos de segurança.

 

Denominada Rampa Estendida, a mais nova pista de teste lá construída tem diferentes ângulos de inclinação para simular longas subidas e está sendo utilizada para complementar os parâmetros de calibração de sistemas eletrônicos, que vão se tornar mais comum em modelos de produção regional.

 

Com esta 17ª pista, o campo de provas conta agora com 44 quilômetros de extensão para testes, enquanto os sete laboratórios, as oficinas e outras edificações de apoio ocupam uma área de 27 mil m².

 

“Nossos produtos contam com o mais alto nível de desenvolvimento virtual para itens estruturais e tecnológicos, porém o acerto dinâmico do veículo precisa ser feito em condições reais por profissionais que saibam tirar o máximo da performance dentro das características de dirigibilidade desejadas pelo consumidor”, destaca Emerson Fischler, diretor de engenharia da GM.

 

Só para exemplificar, a montadora lembra que com o uso do campo de provas é possível simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por dez anos em condições normais de trânsito – ou o equivalente a 160 mil quilômetros.

 

São mais de 10 mil testes realizados anualmente em Cruz Alta, como os de corrosão, que consomem 90 toneladas de sal grosso por ano. Dentre outros números, a GM revela que mais de 1 mil litros de combustível são utilizados por dia, e após os testes, incluindo os de impacto, os veículos são minuciosamente analisados e depois destruídos. Aproximadamente 300 deles têm o mesmo fim a cada ano. (AutoIndústria)