Radares eletrônicos não serão mais escondidos, diz ministro

Portal VEJA

 

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou, nesta última segunda-feira (15), que a renegociação dos contratos para instalação de radares eletrônicos nas rodovias federais reduziu cerca de dois terços de seu valor. O ministério fez um acordo na justiça para manter mil radares em 2.200 trechos monitorados.

 

De acordo com o ministro, isso foi acordado e estão cumprindo a determinação do presidente Jair Bolsonaro e trazendo tecnicidade para colocação de equipamentos. “Não tem polêmica nenhuma. O presidente quer facilitar vida do cidadão e está muito preocupado com a redução de custo. Ele nos passa essa diretriz diuturnamente”, acrescentou.

 

Além disso, Tarcísio afirmou que os radares que serão instalados são no “mínimo necessário” para manter a segurança nas rodovias. Segundo ele, os equipamentos serão instalados principalmente nos trechos em que há transição de área rural para urbana e nas proximidades de escolas.

 

“Não vai ter mais radar escondido, radar que tem objetivo de prejudicar simplesmente o cidadão”, acrescentou.

 

Projeto de lei proposto por Bolsonaro

 

Em relação ao projeto de lei proposto por Bolsonaro, com o objetivo de rever o Código de Trânsito Brasileiro, o ministro disse que cabe ao Congresso avaliar se a sociedade está pronta para as mudanças sugeridas.

 

Entre os projetos, está o fim da multa para motoristas que transportarem crianças sem cadeirinha, substituída por uma advertência, e o aumento do limite de 20 para 40 pontos para o motorista perder a carteira.

 

“Foi essa questão que foi colocada para a sociedade. Estamos maduros para não termos mais pena pecuniária para cadeirinha? Será que, se tirássemos hoje a obrigatoriedade de cinto de segurança, alguém deixaria de usar”, questionou. Segundo o ministro, a questão que se coloca é se a sociedade está pronta para dar esse passo.

 

De acordo com o ministro, como muitos motoristas estão chegando próximos do limite de 20 pontos, os Detrans não estão conseguindo processar a informação. Um dos problemas, segundo ele, é que dois terços das multas do código são graves ou gravíssimas e, portanto, têm alta pontuação. “Será que são (graves e gravíssimas), mesmo”, criticou. (Portal VEJA)