Produção de carrocerias de ônibus aumenta 22,4% no primeiro semestre de 2019

Diário do Transporte

 

A produção de carrocerias de ônibus aumentou 22,4% no Brasil no primeiro semestre de 2019. Os dados foram enviados pela Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) ao Diário do Transporte.

 

Segundo a associação, de janeiro a junho de 2018, foram 8.987 unidades produzidas, comparadas a 10.999 deste ano. Deste número, 2.502 carrocerias foram para exportação, segundo os dados da Fabus.

 

O aumento de 22,4% considera ônibus urbanos, rodoviários, intermunicipais e micro-ônibus, que juntos chegam a quase 11 mil unidades.

 

Neste ano, foram produzidos 6.218 ônibus urbanos, que representam 56,53% do total de carrocerias fabricadas no semestre. Em seguida, estão os rodoviários, responsáveis por 20% do total, seguidos por micro-ônibus, que são 19%.

 

Em 2018, foram produzidas 4.525 carrocerias para ônibus urbanos no primeiro semestre, o que representa um aumento de 37,4% comparado ao mesmo período deste ano.

 

O número de carrocerias para rodoviários, por sua vez, apresentou um aumento de 9,7% no primeiro semestre, passando de 2.007 para 2.202.

 

Ranking de marcas

 

Neste primeiro semestre do ano, a Caio Induscar liderou o ranking de marcas, com 3.852 unidades produzidas. Em segundo lugar, está a Marcopolo, com 2.769 carrocerias, seguida pela Marcopolo Rio, que é a antiga Ciferal, com 1.554 veículos.

 

Em quarto lugar está a NEOBUS (1.073), seguida por Mascarello (947), Comil (539) e Irizar (265).

 

Chassis

 

A produção de ônibus no Brasil apresentou uma queda de 6,2% no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta quinta-feira, 04 de julho de 2019.

 

Foram 14.023 unidades produzidas neste ano, comparadas a 14.955 nos primeiros seis meses de 2018, de acordo com o levantamento. O número inclui tanto ônibus urbanos quanto rodoviários.

 

A queda na produção foi mais acentuada em modelos rodoviários, com 13,6% a menos, passando de 3.556 unidades para 3.074 chassis.

 

Em alguns momentos do mercado, o histórico mostra que em fases de recuperação econômica e retomada de negócios ocorrem diferenças entre a produção de chassis e carrocerias. Estas divergências explicam os dados da Fabus frente aos da Anfavea.

 

Muitas vezes, na maior parte do mercado, os empresários de ônibus compram o chassi e depois a carroceria, com intervalos variados entre as aquisições.

 

Quando, por exemplo, a montadora entrega um chassi em um semestre do ano, a encarroçadora pode fabricar a carroceria apenas no semestre seguinte. Isso explica a queda no primeiro índice, frente ao aumento do segundo.

 

Outras questões pontuais também podem influenciar neste descompasso, como a antecipação na renovação de frota de rodoviários para escapar da obrigatoriedade de instalar elevadores ou programas como o Caminho da Escola, que motivou a encomenda de vários chassis e, algum tempo depois, de carrocerias. (Diário do Transporte/Jessica Marques)