Autopeças: receita cresce 12,8% no primeiro bimestre

AutoIndústria

 

Apesar da desaceleração das vendas externas, a indústria brasileira de autopeças segue com faturamento em alta este ano graças ao bom desempenho dos negócios com as montadoras e no mercado de reposição, que cresceram, respectivamente, 15,1% e 13,4%.

 

Relativo ao primeiro bimestre, a pesquisa conjuntural do setor foi publicada pelo Sindipeças em seu site, indicando uma expansão da 12,8% na receita nominal do setor este ano. Com crescimento em fevereiro sobre janeiro, houve queda de 33% para 30% na capacidade ociosa do setor.

 

De acordo com a entidade, a indústria de autopeças aproveitou-se do crescimento da produção de veículos na passagem do primeiro para o segundo mês do ano, que foi de 29,9%, com expansão no comparativo mensal de 3,4%.

 

De janeiro para fevereiro as vendas para montadoras subiram 7,42% e os negócios intrasetoriais expandiram-se em 3,7%. Esses resultados compensaram as quedas observadas nos demais canais de distribuição (reposição e exportação), “sendo relevante observar que, além da volatilidade cambial, alguns fabricantes locais acusaram dificuldades nas vendas para o mercado americano no mês em tela”, destaca o Sindipeças.

 

Em fevereiro, a participação das montadoras na receita da indústria de autopeças chegou a 65,4%, a maior no período de um ano – em janeiro estava em 63% -, enquanto as exportações e o mercado de reposição tiveram fatias reduzidas no comparativo mensal de, respectivamente, 18,3% para 16,5% e de 14,4% para 13,8%. As transações intrasetoriais ficaram estabilizadas em 4,1%.

 

A entidade também mostra o comportamento do setor no acumulado de 12 meses. No período, o faturamento cresceu 15,4%, com destaque para a distribuição focada em montadoras, que evolui 15,3%, e exportações, com acréscimo de 20,8%.

 

O mercado intrasetorial, seguindo o bom desempenho das vendas para OEM, subiu 16,7%, enquanto a receita obtida na reposição mostrou alta de 8,7%. O nível de emprego no espaço de 12 meses teve alta de 6,5%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)