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O Toyota Etios é um dos mais curiosos cases da indústria automobilística brasileira. Quando foi lançado – e lá se vão sete anos –, sofreu uma saraivada de críticas. Isso tudo mudou, mas essa história contamos em instantes.
Embora de tempos em tempos se anuncie um novo ano-modelo, quem trabalha nas montadoras sabem que melhorias são realizadas o tempo todo. Não há um corte abrupto. Foi o que ocorreu com o Etios. Até que um belo dia, quando a marca japonesa anunciou um facelift, o fez rindo de si mesma.
Em um painel impagável, listou todas (talvez até mais) as críticas que se fizeram ao modelo. Do cluster que parecia uma balança de armazém à abertura do capô, que parecia um velho afogador (será que as novas gerações sabem do que estamos falando?).
Conscientes de que havia tempos que não dirigíamos um, pedimos um Etios e ele veio meio que à moda antiga. Explico. Apesar do luxo do câmbio automático, não havia rádio nem sequer sensor ou câmera traseira. Não, isso não é uma crítica. Era assim que se comprava carro antigamente. Depois tudo se instalava em lojas fora.
Realizamos um impressões ao dirigir no velho de guerra Etios 1.3 S, que sai de tabela por R$ 55.490 e traz motor de 84 cv com gasolina a 90 cv com etanol, ou seja, desenvolve muito bem no trânsito urbano – 11,9 kgfm a 12,8 kgfm de torque logo a 3.100 rpm.
Medindo 3,78 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,51 m de altura e entre-eixos de 2,46 m (é bastante, creia!), o modelo se mostrou ágil e econômico. A ponto de nosso editor-executivo, Wandick Donett, ter ido e voltado de Santos (SP), saindo com o tanque cheio de gasolina, um quarto deu e sobrou – foram 9,9 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada.
Estabilidade à toda prova, o Etios é confortável graças ainda à direção eletroassistida progressiva. Tem boa autonomia graças ao tanque de 45 litros, peca um pouquinho pelo porta-malas pequeno (270 litros), mas traz o que todo mundo quer quando procura um carro assim: racionalidade e robustez. À toda prova. (Carpress/Luís Perez)