Volkswagen tem interesse em comprar grande participação na JAC

DCI/Reuters

 

A Volkswagen está avaliando a possibilidade de comprar uma grande participação em sua joint venture chinesa de veículos elétricos JAC Motors e escolheu o Goldman Sachs como assessor da operação, disseram fontes com conhecimento direto do assunto.

 

O movimento da VW, a maior montadora estrangeira na China, para comprar participação no grupo automotivo Anhui Jianghuai (JAC Motors) é o mais recente de montadoras internacionais para aumentar presença no maior mercado de veículos do mundo, desde que Pequim afrouxou regras do setor no ano passado.

 

O movimento de compra da participação mostra que a JAC seria uma peça chave na grande aposta global da VW em veículos elétricos, e na forte demanda chinesa por tais veículos. A VW planeja transferir grande parte de sua planejada produção de veículos elétricos na China para a JAC, se ela conseguir o controle da empresa, disse uma das pessoas.

 

Estrangeiros foram impedidos anteriormente de controlar qualquer montadora ou joint venture de veículos chinesa. Pequim removeu no ano passado esses limites para empresas que produzem veículos híbridos ou totalmente elétricos. Os limites para os fabricantes de veículos comerciais diminuem em 2020 e em 2022 para o mercado de automóveis mais amplo.

 

A VW, que tem uma valor de mercado de quase 85 bilhões de dólares, atualmente não possui ações da JAC, listada em Xangai, cujo valor de mercado é superior a 1,7 bilhão de dólares, segundo dados do Refinitiv.

 

Os planos da gigante automotiva alemã estão em um estágio inicial, mas ela está disposta a ter uma grande participação, disseram três pessoas. Duas delas disseram que a VW buscará comprar ações dos principais acionistas da JAC, que, segundo os dados do Refinitiv, são principalmente empresas apoiadas pelo governo chinês com mais de 40 por cento de participação.

 

Quando contatada pela Reuters, a VW disse: “Estamos observando cuidadosamente quais são as implicações para nossos negócios e parceiros de joint venture. A esse respeito, exploraremos todas as opções possíveis junto com todas as partes interessadas para garantir o sucesso de longo prazo na China”. (DCI/Reuters/Julie Zhu e Arno Schuetze)