Locadoras respondem por 1/5 das vendas das montadoras

AutoIndústria/Alzira Rodrigues

 

O setor de locação bateu recorde de compra de automóveis e comerciais leves em 2018 e também de participação nos negócios realizados pelas montadoras, com 412.753 emplacamentos, o equivalente a 19,04% ou praticamente 1/5 dos 2,47 milhões registrados no País. Essa participação em 2017 tinha sido de 16,56%.

 

O balanço de 2018 divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, indica expansão das atividades do setor em relação a 2017 e o consolida como o principal cliente da indústria automobilística no País.

 

O crescimento mais expressivo, de 56,4%, foi no número de usuários, que saltou de 27,2 milhões para 43 milhões. A frota chegou a 826 mil veículos, alta de 16,5% sobre o ano anterior,  e o número de locadoras subiu 15,5%, chegando a 13,2 mil.

 

O faturamento líquido do setor foi quase 3% maior, passando de R$ 13,5 bilhões em 2017 para R$ 13,9 bilhões no ano passado. Também cresceu e participação da pessoa física nas locações, de 42% para 48%, ficando os 52% restantes por conta da terceirização.

 

“Estamos prevendo a continuidade do crescimento este ano, com aumento da frota e do faturamento em cerca de 15%”, informa o presidente da entidade, Paulo Miguel Júnior. “A mudança da cultura de posse do automóvel tem gerado maior procura pelo aluguel e também cresce o processo de terceirização de frota”.

 

A maior demanda por aplicativos tipo Uber também tem favorecido os negócios do setor. Já tem locadora hoje especializada em fornecer veículos para esse tipo de atividade, estimando-se que pelo menos 50 mil automóveis que atendem clientes de aplicativos atualmente são alugados.

 

A General Motors é a líder dentre as marcas mais procudas pelas locadoras, com participação de 23,4% nas compras totais do ano passado, o que equivale a 96.563 unidades. Na sequência vêm a FCA, com 16,8%, a Volkswagen (16,7%), Ford (14,6%) e Renault (14,6%).

 

A Abla também divulgou o balanço das compras de caminhões, ônibus e micro-ônibus, que cresceram, respectivamente, 22,3%, 7,4% e 34% no ano passado em relação ao anterior. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)