Agronegócio impulsiona recuperação do setor de implementos

Usinagem Brasil

 

Com as atividades bastante aquecidas ao longo de todo o ano de 2018, o agronegócio acabou contribuindo diretamente para a recuperação da indústria de implementos rodoviários, vinda de quatro quedas sucessivas de vendas devido à crise econômica, o que resultou em perdas correspondentes a cerca de dois terços do mercado doméstico.

 

De acordo com a Anfir – Associação dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, de janeiro a dezembro do ano passado o setor entregou ao mercado 90.195 unidades, diante de 60.491 equipamentos em 2017. Isso representou uma variação positiva de 49,1%.

 

O bom desempenho deveu-se basicamente ao segmento pesado, que inclui reboques e semirreboques, muito utilizados pelo agronegócio.  De janeiro a dezembro, a indústria entregou ao mercado 44.673 unidades contra 24.928 produtos em 2017. Um acréscimo de nada menos do que 79,21%.

 

“Estamos na rota certa para recuperarmos nossas perdas, que não foram poucas”, diz Norberto Fabris, presidente da Anfir. “Na verdade, ainda temos um longo caminho a ser percorrido até zerarmos as perdas que tivemos”.

 

Fabris usa como termo de comparação o ano de 2013, o último antes da recessão, quando o volume de emplacamentos chegou a 177.876 unidades, quase o dobro ainda do verificado em 2018.

 

Segundo ele, a recuperação só não foi maior no ano passado porque a economia nos centros urbanos não correspondeu àquela do campo, muito mais pujante.

 

De fato, no segmento de carrocerias sobre chassis – o chamado segmento leve – o desempenho ficou bem aquém do setor pesado, devido a seus negócios dependerem do ritmo da economia nas cidades.

 

De qualquer forma, as vendas foram maiores do que em 2017. Em 2018, a indústria vendeu 45.522 equipamentos leves, ante 35.563 unidades em 2017, o que representou variação positiva de 28%.

 

A Anfir está otimista com relação a 2019. Para a entidade, o cenário macroeconômico mais favorável disseminará a aceleração entre os setores durante este ano.

 

O agronegócio continuará contribuindo positivamente para a aceleração, mas a recuperação da indústria deve se intensificar em 2019, inclusive naqueles segmentos associados ao investimento, como bens de capital e construção civil. (Usinagem Brasil)