Depois da GM, Ford enfrenta desafios no mercado brasileiro

Portal Exame

 

Depois que a GM ameaçou deixar o país, a Ford enfrenta dificuldades no Brasil e disputas em suas fábricas. As duas montadoras veem suas vendas no Brasil crescer depois de anos de crise econômica, mas ainda lutam para manter rentabilidade e investimentos. Ambas sofrem com o aumento da concorrência no Brasil e no exterior e a pressão das matrizes para entregarem mais eficiência, segundo especialistas ouvidos por EXAME.

 

Os funcionários da montadora Ford em Taubaté, SP, estão em greve desde a segunda feira, 21, e, em São Bernardo do Campo, trabalhadores cobraram a empresa para retomar as discussões sobre investimentos na unidade.

 

A montadora é a terceira maior do país com 9,47% do mercado, atrás de GM e Volkswagen, e vendeu 205 mil carros novos no ano passado. O Ka é responsável por quase metade desse número, com 103 mil unidades vendidas em 2018. A empresa tem três fábricas em São Paulo, São Bernardo do Campo, Tatuí e Taubaté, e uma na Bahia, em Camaçari, que sozinha tem capacidade para produzir 250 mil veículos por ano.

 

A Ford viu suas vendas crescerem pelo sétimo trimestre consecutivo. Nos últimos três meses de 2018, a montadora registrou alta de 17% nas vendas ajustadas no país.

 

Mesmo assim, demitiu 12 funcionários em Taubaté, o que levou a protestos do sindicato. A Ford afirmou que as demissões ocorreram para ajustar seu tamanho e produção. Os cortes têm como objetivo “adequar os volumes de produção em função da queda nas exportações para a Argentina e do término do fornecimento de motores e transmissões para o México em 2019”. (Portal Exame/Karin Salomão)