Produção de ônibus cresce 38,2% em 2018, segundo levantamento da Anfavea

Diário do Transporte

 

A produção de ônibus no Brasil cresceu 38,2% em 2018, segundo levantamento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgado nesta terça-feira, 8 de janeiro de 2019.

 

O levantamento leva em consideração todo o ano passado. De janeiro a dezembro, foram 28.536 unidades produzidas, somando urbanos e rodoviários.

 

O número é maior que todo o ano de 2017, quando foram produzidas 20.643 unidades, também considerando todos os meses.

 

Em todo o ano passado, a produção de urbanos superou a de rodoviários e apresentou uma alta com relação à quantidade produzida em 2017. Ao todo, foram 22.495 ônibus urbanos produzidos em 2018, comparados a 16.081 no ano anterior, o que resulta em um aumento de 39,9%.

 

Quanto aos rodoviários, foram 6.041 unidades produzidas, em comparação a 4.562 em 2017. A produção representa um aumento de 32,4% de um ano para o outro.

 

Exportações

 

O aumento expressivo na produção de ônibus no Brasil se deve ao reaquecimento do mercado interno, que proporcionou um ritmo de recuperação econômica no setor.

 

O mercado internacional não foi tão promissor para os ônibus, uma vez que o número de exportações se manteve praticamente igual ao ano passado, com 9.101 chassis vendidos a outros países. Apenas uma unidade a menos que no ano de 2017.

 

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, já havia informado ao Diário do Transporte, em outra ocasião, que a queda na exportação, de modo geral, se deve a problemas econômicos na Argentina, que fizeram o número de vendas ao mercado externo cair, principalmente no segundo semestre de 2018.

 

Licenciamentos

 

Assim como a produção de chassis no Brasil, o número de licenciamentos também foi positivo ao longo de 2018. Em todo o ano passado, foram licenciados 15.081 ônibus, o que representa um aumento de 29,1% com relação a 2017.

 

De janeiro a dezembro de 2017, foram licenciados 11.755 ônibus, entre urbanos e rodoviários.

 

Em todo o ano de 2018, a Mercedes-Benz foi a marca com o maior número de veículos licenciados. No período, foram 7.457 unidades, comparadas a 3.417 ônibus da MAN/Volkswagen, que está em segundo lugar.

 

Segundo a Mercedes-Benz, as renovações de frotas de ônibus começaram a surgir de forma mais acentuada no segundo semestre de 2018, o que contribuiu para as vendas.

 

“No segmento urbano, isso aconteceu de forma mais impactante em grandes capitais do Sudeste, Sul e Nordeste, visando melhorar a qualidade do serviço prestado aos usuários do transporte coletivo. No segmento de rodoviários, as empresas estão buscando um nível mais elevado de conforto e segurança para os passageiros e o motorista, utilizando novas tecnologias para se destacar frente à concorrência”, informou a montadora, em nota.

 

Em 2018, a Mercedes-Benz também foi a fabricante que mais vendeu ônibus para fretamento no Brasil. Segundo a montadora, foram 718 unidades. Esse volume é 169% superior às 267 unidades de 2017.

 

“O transporte de funcionários ganha destaque nesse segmento, com as empresas de fretamento ganhando novos contratos ou aprimorando os serviços atuais”, considerou a Mercedes-Benz, também em nota.

 

Por fim, com relação ao segmento escolar, em junho de 2018 uma parceria entre a Caio Induscar e a Mercedes-Benz venceu uma licitação para fornecimento de 1.600 ônibus LO 916 R da categoria ORE 2 para o Programa Caminho da Escola.

 

As primeiras unidades começaram a ser entregues e as prefeituras têm até abril de 2019 para solicitar os ônibus. Desta forma, os ônibus escolares também contribuíram para a liderança da marca no mercado de ônibus em 2018.

 

Confira o ranking de marcas, de acordo com a Anfavea:

 

1º) Mercedes-Benz: 7.457 unidades, alta de 24,1%

2º) MAN/Volkswagen: 3.417 unidades, alta de 57%

3º) Agrale (inclui os miniônibus da Volare): 1.848 unidades, alta de 27,3%

4º) Iveco (inclui os miniônibus CityClass): 1.018 unidades, queda de 4,4%

5º) Scania: 760 unidades, alta de 45,6%

6º) Volvo: 430 unidades, alta de 26,1%

(Diário do Transporte/Jessica Marques)