Tesla anuncia fábrica na China para a produção do inédito SUV Model Y

Revista Auto Esporte 

 

Elon Musk pode ser louco e imprevisível, mas definitivamente não é bobo. O empresário sul-africano, dono da Tesla, anunciou ontem, a construção de uma nova fábrica de carros elétricos em Xangai, na China. No total, ela custará US$ 2 bilhões, algo como R$ 7,4 bilhões. A previsão é que a fábrica seja concluída até o final de 2019.

 

A Gigafactory 3  será a primeira fábrica internacional da Tesla em Xangai, e terá como missão produzir 500 mil elétricos por ano. A informação foi confirmada em sua conta do Twitter, momentos antes da cerimônia no local da fábrica. Há outras duas Gigafactories nos Estados Unidos. Uma em Storey County, no Estado de Nevada. E outra em Buffalo, no estado de Nova York.

 

“A produção de Shanghai Giga do Modelo 3 / Y servirá a região da China. Shanghai Giga irá produzir versões de 3 / Y para a China”.

 

“Todas as versões do Model S, Model X, as versões top de linha do Model 3, além do Model Y serão construídas nos EUA e na China”.

 

Segundo especialistas, o objetivo de produzir meio milhão de carros por ano deve ser alcançado já no ano que vem. A maior parte da produção será voltada para os veículos Model 3, todos destinados para o mercado chinês. Mas, é de lá que também sairá o inédito Model Y, um crossover 100% elétrico.

 

O novo mega projeto deve ajudar a Tesla a contornar a guerra comercial travada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o governo chinês no mercado automotivo. No mês passado, a China reduziu a alíquota de importação de 40% para 15% como parte de uma trégua de 90 dias acordada entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping.

 

No entanto, a taxação será revertida para 40% em 1º de março de 2019 caso ambas as nações não cheguem a um consenso sobre os novos termos comerciais. De qualquer modo, a fábrica deverá impulsionar ainda mais o crescimento de elétricos no mercado chinês.

 

As tarifas de retaliação da China foram impostas depois que Trump ordenou impostos na ordem dos US$ 34 bilhões, algo como R$ 125 bilhões, sobre os bens importados da China. (Revista Auto Esporte/Alexandre Izo)