Anfavea prevê crescimento de dois dígitos para 2019

AutoIndústria

 

Apesar de a divulgação das projeções oficiais da Anfavea estar prevista para janeiro, o presidente da entidade, Antonio Megale, adiantou nesta quinta-feira, 5, ao divulgar o balanço do setor até novembro, que a expectativa para o mercado interno em 2019 é de crescimento de dois dígitos.

 

“Acreditamos na retomada da economia no ano que vem e quando isso ocorre o setor sempre vem junto”, comentou o executivo. “Por isso tenho convicção de que vamos crescer dois dígitos, algo em torno de pelo menos 10% a 11%. Espero até que erremos para menos como aconteceu este ano e tenhamos um índice de dois dígitos mais alto”.

 

As vendas internas até novembro atingiram mais de 2,3 milhões de veículos, uma evolução de 15% sobre o total dos primeiros onze meses de 2017, que ficou pouco acima de 2 milhões. O mercado de automóveis e comerciais leves cresceu 14,2% no mesmo comparativo, enquanto o de caminhões teve a expressiva alta de 49% – 68,3 mil contra 45,9 mil unidades.

 

Sem entrar em maiores detalhes, o presidente da Anfavea comentou sobre os passos já encaminhados pelo novo governo brasileiro que toma posse em janeiro. Disse considerar “bons” os nomes escolhidos para ministérios e outros órgãos federais até agora e também comentou sobre a extinção do MDIC, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que a princípio preocupava a entidade.

 

“Conversamos com o economista indicado para o Ministério da Economia e ele garantiu que a interlocução da indústria com o governo será mantida e até ampliada. Para nós não faz diferença se vai ter um ministério ou uma secretária da indústria. O importante e haver diálogo com o governo”.

 

Com relação às vendas internas deste ano, que estão acima do projetado pela entidade, Megale diz que dois fatores têm sido decisivos para o aumento da demanda. “A inadimplência está em 3,4%, um dos índices mais baixos da história do setor, e há disponibilidade de recursos no mercado, favorecendo as vendas financiadas e, assim, a melhoria dos negócios como um todo”. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)