AutoIndústria
Qual o segmento do mercado de veículos que mais cresce no Brasil? Nove entre dez pessoas diriam sem pestanejar: o de utilitários esportivos. E teriam errado feio, pelo menos se o período analisado for os onze primeiros meses de 2018.
Até novembro, enquanto as vendas de SUVs avançaram 25%, pouco acima da média do mercado total, o de sedã compactos saltou 123%, cinco vezes mais do portanto. Passou de 36,8 mil unidades no mesmo período de 2017 para 82,3 mil.
A participação desses modelos nas vendas totais é muito inferior, claro, ao dos utilitários esportivos, que já respondem por um quarto do mercado. Ainda assim, começa a merecer mais atenção por parte dos fabricantes. Se nos últimos três anos ficou estabilizada em 2%, está em 4,3%. É a maior fatia desde 2012, quando a categoria respondeu por 4,6% dos emplacamentos.
Motivo para crescimento tão expressivo – ainda que com singelo auxílio do ainda mais novato Toyota Yaris – tem nome e sobrenome: Volkswagen Virtus. O modelo fechará o ano já como líder – e disparado! – do segmento, que conta ainda com Honda City, Chevrolet Cobalt, Ford Fiesta e Lifan LF 530, segundo critério da Fenabrave.
Desde fevereiro, quando efetivamente começou a ser vendido, somou 37,3 mil emplacamentos, 45% do segmento, portanto, mais do que o total atingido por todos os concorrentes de janeiro a novembro de 2017. O segundo colocado é sedã mais veterano: o Cobalt. Ainda assim já muito atrás do Volkswagen, com 19 mil emplacamentos, equivalentes a 23% das vendas.
O City tem 13,4 mil licenciamentos acumulados, fatia de 16%. Na eterna briga particular entre os japoneses, ele começa a ser assediado pelo Yaris, há apenas seis meses nas concessionárias e que deteve 13% dos negócios, com 10,5 mil unidades vendidas desde então.
Cobalt e City estão apenas um pouco abaixo dos números que conquistaram em onze meses do ano passado, respectivamente 20,9 mil e 14,8 mil emplacamentos. Mas como o mercado total cresceu e o segmento ainda mais, nitidamente foram eles os mais prejudicados pelo súbito desempenho avassalador do Virtus, que tem justificado o nome em latim que pode ser traduzido como força. (AutoIndústria/George Guimarães)