Roberto Cortes: convicção do fim da crise

AutoIndústria

 

O presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, frequentemente costuma se definir como um otimista. Exatamente há um ano, o dirigente apostava em um crescimento das vendas da empresa em torno de 10% no mercado interno e de 20% no externo. Na ocasião, chegou a dizer que “pessimismo e desânimo são coisas do passado. Certamente estamos iniciando um novo ciclo”.

 

Cortes estava certo e errado. O desempenho do mercado de pesados e da VWCO realmente se apresentou positivo, mas chega ao fim do ano muito além daquelas projeções. Na quarta-feira, 5 de dezembro, ao fazer balanço do ano, Cortes foi incisivo: “estou convicto de que 2018 encerra um dos períodos de crise mais severas para indústria caminhões e ônibus. Nos últimos anos os sinais da recuperação estavam no ar, mas não tão fortes quanto agora”.

 

Cortes conta que o aumento de 49% no mercado de caminhões até outubro foi muito superior às suas expectativas. “Realmente não esperava”, sentenciou. Com viagem já marcada para Alemanha para os próximos dias, leva para o comando do Grupo Traton, a corporação de veículos comerciais criada independente do Grupo Volkswagen, além de sua convicção do fim crise, resultados bem superiores que esperava.

 

Isso porque, de acordo com Cortes, enquanto as vendas de caminhões apuram crescimento de 49%, os negócios da VWCO no segmento evoluem 51%. Em ônibus, o avanço dos licenciamentos de produtos da marca também chega aos 51% maiores, ante um mercado que cresce 29%. “Muito do resultado positivo se deve a nova família de caminhões Delivery e, em ônibus, mais uma vez somos os maiores fornecedores do Caminho da Escola, temos 3,4 mil unidades entregar e, mais recentemente, outras trezentas unidades seguem para o Ministério do Desenvolvimento Social.

 

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Para 2019, Cortes prefere não revelar projeções em função da atual preparação do Grupo Traton para abertura de capital. “Mas posso dizer que teremos a continuidade do crescimento. Todos sinais são positivos.”

 

Para atender à demanda prevista, Cortes lembra que a partir do ano que vem Resende inicia um segundo turno parcial e acelera a produção com a chegada de 350 pessoas. “O novo pessoal se encontra em treinamento e volta das férias de fim de ano para colocar ritmo mais acelerado na fábrica”. (AutoIndústria/Décio Costa)