AutoIndústria
Com a previsão de aumentar em 5% o seu volume de produção este ano, a FPT Industrial dá continuidade ao plano de fortalecimento da marca no mercado sul-americano com a ampliação de sua rede de distribuidores Master. Atualmente com 26 pontos em operação na região – dos quais dezesseis no Brasil -, a empresa planeja abrir mais 74 em dois anos, totalizando cem até 2020, segundo revela o vice-presidente da empresa, Marcos Rangel.
“No geral nossos distribuidores estão localizados em concessionárias das marcas representadas pela CNH Industrial, como a New Holland e Case (máquinas agrícolas e de construção) e Iveco”, explica o executivo. “E para ampliar a área de atuação, os distribuidores nomeiam pontos assistenciais nas regiões nas quais operam, havendo hoje 31 desses espaços complementares”.
Fabricante de motores diesel para caminhões, máquinas agrícolas e de construção, aplicações marítimas e de geração de energia, a FPT iniciou o projeto de rede de distribuição própria em 2016, abrangendo Brasil, Argentina, Chile e Paraguai. Além de peças genuínas, os distribuidores oferecem serviços especializados e assistência técnica, incluindo reforma de motores.
Ante 40 mil motores produzidos no ano passado, a FPT projeta algo em torno de 42 mil unidades este ano. Com fábrica em Sete Lagoas, MG, e Córdoba, na Argentina, a empresa fornece motores para a linha de pesados da Ford e de leves da FCA e Hyundai, além de atender integralmente a Iveco, do mesmo grupo.
Segundo Rangel, o mercado de caminhões representa 40% dos negócios da FPT, enquanto máquinas agrícolas e de construção são responsáveis por 50% dos negócio e aplicação marítimas e de geração de energia por 10%. Com o mercado brasileiro de caminhões registrando expansão de 50% e o de máquinas de 10%, a FPT poderia ter crescido mais este ano não fosse a crise vivida hoje na Argentina.
Com relação a 2019, Rangel diz estar com um “otimismo cauteloso”. Ele acredita que as vendas de caminhões no Brasil continuarão em alta e as de máquinas de construção devem ficar estáveis. “Com a mudança do governo, investimentos em infra-estrutura e obras devem vir mais para a frente. Com relação a Argentina, acreditamos que após o acerto com o FMI e a consequente exigência de controle da inflação a economia lá deve ao menos estabilizar-se”.
O vice-presidente da FPT também comentou sobre as novas definições em relação ao Euto 6, garantindo que a empresa está 100% preparada para atender os clientes brasileiros. “Já temos as tecnologias lá fora e nosso centro de desenvolvimento de Betim, MG, pode fazer as adaptações necessárias para o País”.
A FPT está participando da M&T Expo 2018, que acontece no São Paulo Expo até quinta-feira, 29, com a exposição de sua nova linha de geradores de energia, para construção civil, mineração e segmentos relacionados, como obras de infraestrutura, transporte e extração. No estande da Case mostra o motor N45 e o gerador de energia cabinado de 140 kVA e no espaço da New Holland Construction apresenta o motor N67. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)