Queda nas vendas no setor de som automotivo pode afetar até 300 mil empregos

Portal Segs

 

A exemplo de outros países do mundo, o Brasil precisa se organizar para que os negócios com som automotivo voltem a crescer e a gerar empregos. O cenário atual, de queda nas vendas no mercado interno, está levando o país – segundo maior produtor de alto falantes do planeta, atrás apenas da China – a buscar a exportação para alavancar as vendas dos produtos.

 

O Brasil conta com mais de 237 indústrias no setor de áudio automotivo entre alto falantes, amplificadores, carcaças, conectores e toda a cadeia produtiva, além de mais de 35 mil postos de instalação destes equipamentos empregando por volta de 300 mil pessoas.

 

Um dos nichos mais importantes dessa rede é o som para competição. “Em países desenvolvidos, há regras claras para o volume do som, e as autoridades reconhecem a importância da indústria e setor de serviço para a economia”, explica Daniel Neves, presidente da Anafima – Associação Nacional da Indústria da Música e Áudio Profissional.

 

Fenômeno no mundo todo, as competições entre carros de som são eventos que geram economia para a indústria e setor de serviços. No Brasil, por serem feitas de forma desorganizada, acabaram por gerar proibições que atrapalham muito o mercado, na avaliação da Anafima.

 

O mau uso do som automotivo reduz drasticamente o potencial de venda no Brasil da modalidade de sons potentes projetados para o exterior do automóvel, chamada “PA/Profissional”. Essa especialidade representa 50% do mercado de som automotivo profissional, atraindo consumidores que gostam de competições de potência sonora.

 

Aposta na exportação

 

Enquanto isso, para compensar a queda de 35% nas vendas no mercado interno, a indústria brasileira tem sido reconhecida no exterior como uma fonte de produtos de média e alta qualidade. América do Norte, Europa e América Latina são os principais destinos das exportações brasileiras no segmento.

 

“Entendemos que as indústrias menores devem iniciar seu processo de capacitação para exportação. A mentalidade de abertura para o mercado externo é importante”, defende Daniel Neves, da Anafima.

 

O som automotivo é um dos principais pilares da associação, criada no início do século pelas empresas do setor de áudio profissional, áudio automotivo, luthieria e instrumentos músicas que, associadas, representam 85% do mercado. (Portal Segs/Victoria Bernandes)