John Deere investe em nacionalização e expansão

Usinagem Brasil

 

As perspectivas futuras do mercado de construção e infraestrutura levaram a John Deere a decidir pela nacionalização de três modelos de motoniveladoras (620G, 670G e 770G), atualmente importados. Para tanto, a fábrica de Indaiatuba (SP) será ampliada, ganhando mais 12 mil m² de área fabril.

 

Segundo a companhia, após a recente nacionalização dos tratores de esteira 700J, 750J e 850J, esta nova ação vem completar o portfólio de soluções “para fornecer suporte integral aos seus clientes no desafio de desenvolver a infraestrutura brasileira, em frentes como logística, moradia, transporte, saneamento e energia”.

 

Para Roberto Marques, diretor de Vendas da Divisão de Construção da John Deere Brasil, o País tem alta demanda reprimida de obras que precisará ser destravada num curto espaço de tempo. “São vários fatores que nos levam a uma expectativa positiva: o crescimento exponencial da população, a concentração das pessoas nos centros urbanos com a formação de megacidades e a necessidade urgente de melhorias no escoamento das safras agrícolas, motor do PIB. Para atingirmos esse equilíbrio, precisamos estar preparados do ponto de vista tecnológico, investindo em construções de precisão, conectadas e inteligentes. Esse é o caminho”, afirma o executivo.

 

A produção local das motoniveladoras, lembra o diretor, permitirá que estas se enquadrem em diferentes programas de financiamento de máquinas para clientes brasileiros, facilitando o acesso e, inclusive, a exportação destes itens para demais países da América do Sul. “Somos a única fábrica no mundo, além dos Estados Unidos, apta a produzir alguns dos modelos do portfólio John Deere, como os tratores de esteira e a partir de 2021 também as motoniveladoras. Isso é motivo de orgulho e prova de que somos referência em questões de modernização e infraestrutura fabril e mão de obra qualificada”, comenta Marques.

 

Atualmente são produzidos em Indaiatuba oito modelos de pás-carregadeiras, cinco escavadeiras John Deere e quatro Hitachi, uma retroescavadeira e três modelos de tratores de esteira. São importados três modelos de pás-carregadeiras, três modelos de escavadeiras, além das motoniveladoras que passarão a ter produção local. “A nacionalização proporciona maior agilidade para as demandas do nosso mercado. Por conhecermos as necessidades dos clientes, podemos moldar melhor nossos produtos, com agilidade na entrega e possibilidade de acessar crédito na aquisição”, finaliza.

 

Versatilidade

 

As motoniveladoras 620G, 670G e 770G são versáteis e podem ser utilizadas nos mercados de construção, mineração, agrícola, em aterros sanitários e na indústria de agregados – com indicação para aplicações leves (manutenção de estradas vicinais), intensas (construção de rodovias) ou severas (preparação de solo para agricultura, especialmente para cana-de-açúcar).

 

Além de serem multiuso, todos os modelos contam com telemetria e algumas trazem o controle automático de nivelamento, com recursos tecnológicos e de GPS, que permitem automatizar o nivelamento e assim trazer mais agilidade e melhor acabamento para os projetos. (Usinagem Brasil)