AutoIndústria
Com 25 lançamentos programados até 2023, dos quais quinze da Fiat e dez da Jeep, a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, negocia com 38 fornecedores brasileiros a ida para o Nordeste, mais especificamente Goiana, PE, onde funciona o Complexo Industrial Jeep.
A informação é do presidente da FCA, Antonio Filosa, que participou na terça-feira, 6, da apresentação dos produtos das duas marcas no Salão do Automóvel de São Paulo, que abre as portas para o público na quinta-feira, 8. “Temos espaço dentro do próprio complexo e mais dois parques próximos que também são destinados a novos fornecedores. Estamos conversando com 38 empresas e a ideia é gerar mais 8 mil postos de trabalho na região”.
Novos investimentos na região estão na dependência, segundo o executivo, da aprovação do Rota 2030, que a princípio seria votado na Câmara dos Deputados na terça-feira, 6. Dentre as emendas propostas e já aprovadas pela comissão mista da Câmara está prorrogação do regime especial do Nordeste até 2025 (inicialmente venceria em 2020).
“Por causa da logística da região, há um gap de 20% em logística que precisa por mais algum tempo ser compensado via incentivos”, admite Filosa ao comentar a inclusão no Rota 2030 da prorrogação do regime especial do Nordeste.
No projeto de expansão da base fornecedora e do desenvolvimento de novas tecnologias e novos produtos, o Complexo de Goiana receberá até 2023 investimentos próximos de R$ 8 bilhões. Valor similar está sendo investindo na fábrica de Betim, MG.
Dentre as principais novidades da FCA está um novos SUV com a marca Fiat, cujo conceito é destaque no Salão do Automóvel com o nome de Fastback. O modelo deve chegar ao mercado em 2020.
Sobre o mercado interno, Filosa disse acredita na continuidade do crescimento no próximo ano, quando as vendas de automóveis e comerciais leves deverão atingir perto de 2,7 milhões de unidades – 10% a 12% de crescimento sobre este ano. A empresa vem operando com lucro na região e comemora os bons números deste ano:
“Em 2017, o lucro na região ficou em torno de 150 milhões de euros. Até setembro já chegamos a 262 milhões de euros, ou seja, já superamos o ano passado”, comemora Filosa. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)