AutoIndústria
Um de cada quatro veículos vendidos no Brasil é utilitário esportivo. O segmento, que ganhou força sobretudo nos últimos três anos, respondeu por 24,2% dos emplacamentos no acumulado de janeiro a setembro de 2018. Cresceu 2,7 pontos porcentuais com relação ao mesmo período do ano passado, maior evolução de um segmento no mercado interno no período.
À frente dos SUVs, só mesmo os hatches pequenos, impulsionados recentemente por motorizações mais modernas e eficientes, além de ganhos em conteúdo de segurança, tecnologia e conforto. Eles representaram 28,7% das vendas internas, dois pontos porcentuais acima do registrado nos primeiros nove meses do ano passado.
Ou seja, hatches pequenos e SUVs já respondem, sozinhos, por mais da metade das vendas no mercado interno. E a julgar pela disposição e planos antecipados pelas montadoras, essa dupla deve seguir atraindo a atenção dos compradores nos próximos anos, principalmente daqueles que sonham com um utilitário esportivo, compacto, médio ou grande.
Exemplo disso poderá ser visto no próximo Salão do Automóvel de São Paulo, cuja o tema é mobilidade elétrica, mas que, na prática, terá atuais e novos SUVs nacionais e importados como destaques.
Dentre os com maior chance de ter destacado papel nas vendas estará o Volkswagen T-Cross, a ser produzido a partir do começo do ano que vem em São José dos Pinhais (PR), e o Jeep Renegade, que nesta semana ganha seus primeiros retoques estéticos.
Lançado há pouco mais de três anos, o Renegade é o quinto SUV mais vendido do País e seu sucesso imediato incentivou a concorrência a investir no segmento. De janeiro a setembro, o modelo fabricado em Pernambuco junto com o líder Compass (44,3 mil unidades vendidas) somou 33,3 mil emplacamentos, apenas 450 a menos do que o quarto colocado Nissan Kicks e 550 unidades abaixo do Honda HR-V, modelo que também será exibido na mostra paulistana já com novo desenho, também a primeira reestilização desde que chegou ao mercado, em 2015.
Enquanto crescem a participação dos utilitários esportivos e dos hatches, veículos de entrada e sedãs médios, sobretudo, cedem espaço. Os dois segmentos foram os que mais viram seus números encolher em 2018, até por terem mais peso do que todos os demais, fora os próprios SUVs, hatches pequenos e sedãs pequenos, que também perderam 0,6 ponto porcentual no último ano.
Os modelos de entrada, os mais baratos do mercado brasileiro, representavam 21,1% do total negociado de janeiro a setembro de 2017 e agora são 17,4%. Os sedãs médios passaram de 8,5% para 7%, aponta levantamento divulgado pela Fenabrave, com base em dados do Renavam. (AutoIndústria/George Guimarães)