Anfavea admite rever para cima a meta de vendas internas

AutoIndústria

 

A Anfavea promete para outubro a revisão das metas do setor para este ano. O mercado interno tende a crescer mais do que os 11,7% projetados anteriormente e as exportações, que já tiveram estimativa revista de alta para estabilidade, indicam movimento de queda. A produção, em função desses movimentos interno e externo, deve ficar dentro do projetado.

 

Até agora o mercado doméstico cresceu 14,9%, com vendas um pouco acima de 1,63 milhão de unidades ante um total de 1,42 milhão no mesmo período de 2017. A previsão da Anfavea, que poderá ser revisada, é a de atingir 2,5 milhões de veículos comercializados internamente contra 2,24 milhões no ano passado.

 

Agosto, no entanto, surpreendeu positivamente o setor, o que pode levar a uma revisão da meta: “As vendas internas no mês passado, de 248,6 mil unidades, representaram o melhor desempenho do setor deste janeiro de 2015”, comentou o presidente da Anfavea, Antonio Megale, na quinta-feira, 6. “É um volume surpreendente em função da instabilidade política e econômica do País neste momento”.

 

Três motivos em especial justificam o aquecimento do mercado interno, na avaliação de Megale. Primeiro é o alto volume de compra em 2012 e 2013. “Quem comprou naquela época já deveria ter trocado o usado por um zero-quilômetro. Agora chegou o momento de quem estava adiando partir para um carro novo”.

 

Em segundo lugar, a maior facilidade de crédito favorece o consumidor a tomar a de decisão de partir para um veículo novo. E, em terceiro, é grande o número de lançamentos nos últimos cinco anos – período do Inovar-Auto -, com a oferta de produtos mais modernos, conectados e de menor consumo. “Isso também é um incentivo para a troca”, destaca Megale.

 

O presidente da Anfavea não adiantou em que níveis se dará a revisão das projeções. Mas deixou claro o viés de alta em relação ao mercado interno e o de baixa no que diz respeito às exportações. A produção tende a ficar dentro do estimado, que é o de um crescimento de 11,9%, de 2 milhões 699 mi veículos para 3 milhões 21 mil. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)