Toyota antecipa-se ao IPI menor e reduz preço do Prius

AutoIndústria

 

A Toyota já reduziu o preço do híbrido Prius para enquadrá-lo na nova alíquota de IPI que entrará em vigor em novembro como parte das medidas previstas no Rota 2030. A redução de R$ 1 mil está sendo concedida atualmente como desconto e posteriormente será incorporada no preço de tabela.

 

O vice-presidente da Toyota do Brasil, Miguel Fonseca, explica que no caso do Prius a alíquota de IPI cairá de 13% para 12%, com reflexo de exatamente R$ 1 mil no preço final. Para não prejudicar os consumidores que estão adquirindo o produto antes de novembro a fabricante antecipou-se à validade do decreto e baixou o preço do Prius, promocionalmente, de R$ 126,6 mil para R$ 125,6 mil.

 

“Quando a redução do IPI for oficial alteramos o valor da tabela”, explicou Fonseca em entrevista que concedeu nesta semana durante o lançamento da linha 2019 da picape Hilux.

 

O decreto sobre as novas alíquotas de IPI para elétricos e híbridos foi publicada em julho e estabelece índices de 7% a 20% de acordo com o nível de eficiência energética e com o peso do veículo. Leis que instituem novos tributos ou aumentam os já existentes só podem entrar em vigor, no mínimo, 90 dias depois da data de sua publicação.

 

Apesar de não envolver grandes volumes, o Prius tem registrado demanda crescente no País. Nos primeiro sete meses deste ano foram comercializadas 1.666 unidades do sedã híbrido da Toyota, volume 58,3% superior ao registrado no mesmo período de 2017, quando foram emplacadas 1.062 unidades.

 

Sua participação no segmento de sedãs médios saltou de 1,2% para 2% e o modelo já vende mais do que o Audi A3, Renault Fluence e Oeugeot 408, dentre outros modelos.

 

Com relação ao projeto brasileiro de um Prius híbrido com motor flex, Fonseca informa que ele encontra-se em fase final de validação na engenharia. “Depois de validado, temos de ver sua aplicação prática. “Talvez precisemos de mais um empurrão para viabilizar a produção do modelo”, comentou o executivo, deixando claro que só a redução do IPI nos moldes definidos pelo Rota 2030 podem não ser suficiente para justificar investimentos em uma linha local. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)