Produção de ônibus urbanos da Marcopolo S.A. cresce 120% neste ano e receita tem alta de 43,3%

Diário do Transporte

 

A Marcopolo S.A. informou na noite desta segunda-feira, 06 de agosto de 2018, que registrou aumento de produção de ônibus urbanos de 120%, no primeiro semestre deste ano em relação a semelhante período de 2018.

 

Ainda de acordo com a Marcopolo S.A., no primeiro semestre deste ano forneceu 1.689 unidades de urbanos contra 769 no período do ano passado.

 

A participação no mercado de carrocerias urbanas, que era de 26,7%, no primeiro semestre do ano passado, saltou para 56,6% no mesmo período de 2018.

 

Já a produção da Marcopolo S.A. no segmento de rodoviários aumentou quase 100%, com 1.063 unidades no primeiro semestre de 2018, contra 541 nos seis primeiros meses do ano passado.

 

A empresa destacou também grandes vendas nos segmento de micros e escolares, com a entrega de ônibus escolares – micros, modelos Volare e urbanos – para o programa Caminho da Escola e para a Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEDUC-MG). A perspectiva da Marcopolo S.A. é de aumento da demanda para o Caminho da Escola no segundo semestre.

 

Os números de produção são superiores aos do mercado geral de ônibus, contando todas as marcas e segmentos (inclusive as concorrentes), que registrou alta de 39,1% no primeiro semestre.

 

Receita

 

A Marcopolo informou ainda que registrou receita líquida consolidada de R$ 1,856 bilhão nos primeiros seis meses de 2018, com crescimento de 43,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 1,296 bilhão).

 

“O resultado reflete a melhora contínua na demanda de ônibus, tanto no mercado brasileiro como na exportação, que aumentaram 55,5% e 67,5%, respectivamente. O lucro líquido foi de R$ 54,3 milhões contra R$ 29,2 milhões no primeiro semestre de 2017 (crescimento de 86%).” – diz nota da empresa.

 

Perspectivas 

 

Na mesma nota, o diretor-geral da Marcopolo Francisco Gomes Neto, estima que a empresa deverá manter o ritmo de crescimento e produção também no segundo semestre. “Estamos otimistas com relação ao desempenho da indústria brasileira de ônibus, tanto no mercado interno como nas exportações. Temos expectativa de bom desempenho em todas as três marcas, Marcopolo, Neobus e Volare”, enfatiza o executivo.

 

O destaque a partir de agora deve ser o próximo trimestre, com carteira de pedidos consistente para os próximos meses. “Esperamos que a retomada de volumes se sustente nos próximos meses, sobretudo no mercado externo que, com a desvalorização do real, pode impactar positivamente a receita líquida e os resultados operacionais”, complementa Francisco Gomes Neto.

 

NEOBUS

 

Após reformular a Neobus, empresa de propriedade integral da Marcopolo desde 2016, a Marcopolo S.A. diz que já colhe os primeiros frutos.

 

A Neobus que operava em prejuízo, já registrou lucro líquido de R$ 6,3 milhões, no terceiro trimestre deste ano.

 

As iniciativas adotadas na Neobus, direcionadas ao aumento de volumes e eficiência apresentam os primeiros resultados positivos. No segundo trimestre deste ano, a unidade registrou lucro líquido de R$ 6,3 milhões, revertendo prejuízo de R$ 8,9 milhões do mesmo período de 2017. A produção aumentou de 324 unidades no segundo trimestre de ano passado para 826 no segundo trimestre deste ano, com incremento de 154,9%, favorecida pela transferência da produção de modelos Volare da unidade Planalto.

 

A Neobus passa a se dedicar a micro-ônibus urbano (Thunder +), urbano mais simples e robusto (New Mega) e lançou recentemente um modelo também mais simplificado para fretamento (Spectrum 325).

 

Com essa nova estratégia de atribuir à Neobus veículos mais simples e robustos, a Marcopolo S.A. extingue os modelos rodoviários New Road, o micro rodoviário Thunder+ e os urbanos pesados Mega Plus, Mega BRS e Mega BRT.

 

Mercado externo

 

A Marcopolo S.A. destacou o desempenho de produção na Austrália e China.

 

Nas unidades no exterior, os destaques foram as operações de Austrália e China, que apresentaram crescimento no trimestre de 84,1% e 20,0% respectivamente, em unidades produzidas. Em relação à receita, a Austrália apresentou um crescimento de 89,2% em comparação com o ano passado, já na unidade chinesa, o incremento foi de 79,4%. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)