Nível de confiança da indústria automotiva brasileira é o segundo mais alto da América Latina

AutoIndústria

 

A indústria automotiva desfruta de boa reputação perante o consumidor brasileiro, revela a primeira edição da pesquisa anual “O novo consumidor latino-americano: questão de confiança”, da agência de comunicação Llorente & Cuenca.

 

Em escala de 0 a 1, o nível de confiança do setor no Brasil é de 7,4 pontos. É o segundo mais alto dentre nove países latino-americanos pesquisados pela empresa Offerwise, em coordenação com a Peel the Onion (Grupo Inmark), entre 24 de abril e 14 de maio.

 

O país que mais confia nas empresas do setor é o Panamá, onde os consumidores concederam 7,6 pontos. Em compensação os chilenos são os mais desconfiados. A nota do setor lá ficou em 6,4 pontos.

 

O estudo sobre a confiança dos consumidores nas empresas da América Latina, que analisou também outros cinco setores, foi realizado com base em 3.725 pesquisas on-line a partir de amostra representativa da população da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru e República Dominicana.

 

Para identificar os fatores prioritários para os consumidores na geração de confiança, a pesquisa teve como base três aspectos-chave: credibilidade, transparência e integridade.

 

Juan Carlos Gozzer, diretor de inovação da Llorente & Cuenca, admite que os níveis surpreenderam, ficaram acima do imaginado inicialmente.  Em pesquisa semelhante realizada pela empresa na Espanha também neste ano, o índice de confiança da indústria automotiva ficou em apenas 6,1 pontos.

 

Gozzer entende que aspectos educacionais, sócio-econômicos e nível de conectividade da população são os responsáveis por avaliação tão distinta entre a população do país europeu e as latino-americanas.

 

“Quanto mais informação, mais crítico é o consumidor. Isso fica evidenciado em mercados como o chileno, onde o porcentual de pessoas conectadas é muito grande”, diz Gozzer, que recorda que na Espanha a responsabilidade ambiental das empresas foi um dos fatores mais citados, enquanto na América Latina foi pouco lembrado pelos consumidores. (AutoIndústria/George Guimarães)