BMW Group introduz tomografia computadorizada em linha de produção

O Brasil Sobre Rodas

 

O BMW Group acaba de introduzir, de forma pioneira na indústria automotiva, a tomografia computadorizada para o desenvolvimento, produção e análise de protótipos. Com essa tecnologia, a linha completa de veículos do Grupo, da MINI à Rolls-Royce, poderá ser controlada qualitativamente desde os estágios iniciais de desenvolvimento.

 

As imagens digitalizadas são obtidas por quatro robôs que se movem ao redor do protótipo produzindo milhares de fotos transversais. Estas são utilizadas para exames detalhados de inovações, novos materiais e tecnologias.

 

Até agora, os veículos tinham de ser desmontados para análise. Com a tomografia computadorizada, eles permanecem intactos. O novo sistema de Raio-X está instalado no Centro de Pesquisa e Inovação da Fábrica do BMW Group em Munique, Alemanha, na interseção entre Desenvolvimento e Produção.

 

A empresa tem usado capturas de tomografia computadorizada e Raio-X para verificar as peças do veículo por muitos anos, mas esse sistema mais recente leva a garantia de qualidade a um nível inteiramente novo. Agora pode-se analisar veículos até o nível de micrômetros.

 

Esse nível de detalhe é necessário por uma série de razões como, por exemplo, para verificar as soldas e as conexões dos parafusos perfurados, e para avaliar a condição da carroceria antes e depois da pintura, onde temperaturas extremas podem afetar as ligações adesivas. Os resultados da varredura são usados ​​como base para fazer modificações direcionadas à produção em série.

 

Quando o veículo está em posição no sistema, os robôs se movem em torno dele. Trabalhando em pares, eles enviam Raio-X por meio dele. Os dados coletados são então colocados em um programa de computador que calcula uma imagem tridimensional de várias camadas. Isso forma a base para uma análise detalhada do funcionamento interno do veículo, oferecendo informações sobre objetos tão pequenos quanto 100 micrômetros – aproximadamente a largura de um fio de cabelo humano.

 

Os engenheiros estão atualmente realizando pesquisas para determinar até que ponto a Inteligência Artificial pode ser usada para avaliar as descobertas. Ao processar grandes quantidades de dados, o software pode aprender os diversos padrões que ocorrem, vincular itens individuais de dados e avaliar gradualmente as descobertas automaticamente. (O Brasil Sobre Rodas)