Um passeio pela Ilha Ecológica do Polo Automotivo Jeep

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Você separa seu lixo para a reciclagem? Já ouviu falar em uma Ilha Ecológica? Esse é o nome que a FCA dá ao grande espaço de suas fábricas onde todos os resíduos gerados na produção dos automóveis são separados e encaminhados para reciclagem e reutilização. Em Betim, foi inaugurada em 1994 e conta até com sistema próprio para reciclagem de isopor. Em Goiana, Pernambuco, a Ilha Ecológica do Polo Automotivo Jeep ocupa uma área de 3 mil metros quadrados. Ela mobiliza cerca de 80 profissionais focados na identificação e segregação dos materiais. Lá, nada se perde. Todos os resíduos têm destino certo, que têm como meta o Aterro Zero, ou seja, nenhum descarte em aterros.

 

Evitar qualquer passivo que possa causar maiores impactos ao planeta, às gerações futuras e à sustentabilidade do negócio é o objetivo maior. Dentro dessa perspectiva, o que pode ser visto por uns como “lixo” é tratado como oportunidade dentro das fábricas do Grupo FCA. Nelas, os recursos se transformam para que a meta do Aterro Zero seja diariamente alcançada. Todos os colaboradores estão envolvidos em ações de sustentabilidade dentro do conceito dos 5Rs: Recuse, Reduza, Reutilize, Recicle, Recupere.

 

Esse conceito propõe uma grande mudança de hábitos que pode ser aplicada a várias situações – inclusive por você mesmo, na sua casa. É uma forma de agir de maneira consciente, repensando valores e práticas de modo a evitar o desperdício. A metodologia é aplicada tanto por colaboradores diretos, quanto por terceirizados desde os primeiros processos produtivos para reduzir ao máximo a geração de resíduos. Os excedentes seguem para a Ilha Ecológica para tratamento. Dividida em 16 baias para recebimento dos mais variados resíduos, como papel/papelão, plástico, metal, isopor, entre outros, a Ilha Ecológica funciona a todo vapor em três turnos de operação. Mensalmente, são recebidas 14 mil toneladas de 114 tipos de resíduos da fábrica e de todas as 14 empresas que compõem o parque de fornecedores. Lá, os resíduos são pesados, triados e armazenados. Equipamentos de controle de temperatura e softwares atuam no controle do estoque e no monitoramento de cada material:

 

“Os resíduos recicláveis são encaminhados para destinação adequada, representando o começo da integração de um projeto arrojado com a sociedade, através de uma cadeia de negócios locais que fomenta a geração de empregos diretos e indiretos na região”, explica Danubia Lima, responsável pela Ilha Ecológica Jeep em Goiana (PE).

 

Nesse ciclo virtuoso de reaproveitamento e reciclagem, a economia local também é beneficiada. Atualmente, mais de 15 empresas do entorno da Jeep Goiana se beneficiam com o recebimento e tratamento dos resíduos. Um exemplo é o vidro automotivo gerado no Polo, enviado para a empresa local Nova Brasil.

 

A empresa recebe o vidro que é triturado até virar grão. Esse estágio permite que o material seja enviado de volta para a indústria vidreira. Por mês são processadas 100 toneladas do material, uma atividade que já gera emprego para quatro pessoas. “O mercado de reciclagem aqui está em expansão”, comenta uma das sócias da empresa, Juliana Maia.

 

Outro exemplo dessa transformação de materiais é a usina de reciclagem de isopor, que fica dentro da própria Ilha Ecológica. Essa usina consegue reduzir em até 50 vezes o volume do material e preservar a sua composição química. A matéria-prima super reduzida é enviada a empresas que produzem canetas, CDs e outros tantos materiais. (ProjetoDraft/Mariama Correia)