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A Honda e a Nissan anunciaram no ano passado a abertura de uma área de negócios própria ao carsharing. Em seus escritórios de negócio, as duas empresas estudam novas estratégias de inserção no mercado. Já a Toyota criou uma subsidiária cuja única função é a de desenvolver os planos da empresa no mercado de carsharing. Inicialmente a subsidiária da Toyota atuará apenas na região metropolitana de Tóquio.
As empresas de automóveis estão atentas a queda no número de veículos vendidos em todo o Japão, que vem diminuindo em decorrência dos altos custos para se manter um carro, além do desinteresse por parte dos mais jovens, que preferem usar o eficiente transporte público das grandes cidades japonesas.
Outra opção muito utilizada pelos jovens são os serviços de aluguel e carsharing, que tem ganhado popularidade devido à possibilidade de se contar com um carro apenas quando necessário. O fator “causalidade” tem gerado lucros para as empresas do setor e chamou atenção das grandes montadoras, que enxergam o negócio como parte do seu futuro.
Os dados estatísticos revelam que o mercado é de fato promissor. Segundo a empresa “Times 24”, a maior do setor de carsharing no Japão, o número de clientes registrados em seu banco de dados cresceu 20% durante o período de um ano, sendo que no mês passado ultrapassou a impressionante marca de 1 milhão de clientes.
Outras empresas do ramo, como a “Orix Veículos”, apesar de menores do que a Times 24, também tem apresentado bons resultados. Em relação ao ano passado o número de clientes subiu em 15%, alcançando os 200 mil clientes em todo o país.
As duas empresas acreditam que além dos altos valores de manutenção de um veículo e o desinteresse dos jovens de possuir um carro, outro fator que tem contribuído para a expansão do mercado de carsharing é a difusão dos smartphones, que tem tornado fácil a reserva de um automóvel, que pode ser feita por aplicativos específicos e com apenas alguns toques. (IPC Digital/Leandro Nisishima)