Nigéria tem mercado fraco e feito de carros usados

Jornal do Carro

 

A Nigéria já mostrou em diversas oportunidades sua força no futebol. O país que teve como expoente dentro das quatro linhas Taribo West, Okocha, Babayaro e Ikepeba. Jogadores que, inclusive, bateram o Brasil no final olímpica de 1996.

 

No que diz respeito aos carros, a Nigéria nunca mostrou a mesma potência. O país africano, cuja economia é baseada no petróleo, nunca conseguiu se desenvolver da maneira adequada, apesar de exportar o “líquido” para força motriz dos veículos.

 

Na década de 1980, a Nigéria colocou barreiras comerciais para que o país começasse a desenvolver uma indústria automotiva, já que até então os carros eram apenas importados. Nessa época, Peugeot e Volkswagen criaram fábricas para produção com o processo de CKD (Completely Knockdown). Assim, os carros chegavam a Nigéria em kits para serem montados lá.

 

Com a criação de um programa para o desenvolvimento e o fomento industrial no país desde 2013, além de aumentar os impostos para carros que chegam prontos, a Nigéria tenta desenvolver uma industrialização e a economia. Por isso, Hyundai/Kia, Nissan, Peugeot e Volkswagen criaram fábricas lá.

 

Hyundai e Kia produzem o i10, Cerato, Rio e Optima. A Peugeot produz o sedã 301 – um sedã compacto vendido em mercados “ultra” emergentes. Da Nissan é feito o Versa, por lá batizado de Almera.

 

A Volkswagen voltou ao país depois de 20 anos. Lá produz Jetta, Passat e Amarok, além de já ter produzido o CC no início da nova operação, em 2015. Assim como as outras, eles tem um parceiro local para reduzir os investimentos da montagem por lá. Do Brasil, vão para lá kits dos caminhões da VW & Man Caminhões e Ônibus. Os caminhões da linha Worker são enviados para lá.

 

Tokunbo

 

O termo tokunbo explica uma prática normal por lá: a compra de carros usados estrangeiros. E isso a Nigéria quer acabar também, afinal esses carros não oferecem segurança e o país acabou virando um “depósito” de carros velhos e em alguns casos até roubados para serem enviados.

 

Há uma marca “nacional”, a Innosson Motors. Que na verdade é controlada por várias multinacionais para tentar conter esse mercado. Entre os produtos, há uma cópia do Classe B, um sedã compacto, uma picape e um SUV. Todos de procedência chinesa, mas vendidos como nacionais. (Jornal do Carro)