O Brasil Sobre Rodas
A experiência com o recente projeto de desenvolvimento do sistema powertrain para o caminhão eDelivery, apresentado pela Volkswagen Caminhões e Ônibus do ano passado, e na produção e fornecimento dos ônibus híbridos, trólebus e elétricos da Metra Transportes, utilizados na locomoção de passageiros no Corredor ABD, em São Paulo, foram exemplos do importante papel da eletromobilidade para a sustentabilidade e o bem-estar das pessoas nos centros urbanos brasileiros, enfatizados durante o seminário Pensando a Eletromobilidade no Brasil – Um Olhar sob as Diferentes Rotas Tecnológicas, realizado no último dia 14 de junho, em Brasília.
Organizado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Giz (Deutsche Gesellschaft für Internationale, ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e (Procobre) Instituto Brasileiro do Cobre, o evento discutiu e apresentou modelos e situações por intermédio das quais a eletromobilidade pode contribuir para a matriz energética do País e para a evolução na utilização em larga escala de veículos movidos com combustíveis de fontes sustentáveis e renováveis.
Iêda Martins Oliveira, gerente comercial da Eletra e diretora da ABVE – Associação Brasileira de Veículos Elétricos – deu ênfase à urgente necessidade de maiores participação e utilização de ônibus elétricos, trólebus e híbridos na frota circulante das cidades e salientou a contribuição prestada, durante os dias de protesto dos caminhoneiros, pelos mais de 100 ônibus elétricos e híbridos que compõem parte da frota da Metra Transportes, de São Paulo, com unidades produzidas pela Eletra.
De acordo com Iêda Oliveira a frota de veículos elétricos e híbridos da Metra garantiu o transporte normal de passageiros do Corredor ABD e supriu parte dos veículos que ficaram sem combustível durante o recente protesto dos caminhoneiros. “Embora tenha sido um transtorno para a sociedade, o protesto revelou a importância dos veículos híbridos e elétricos para o transporte urbano, pela independência do combustível fóssil e pela preservação ambiental e saúde das pessoas”, salientou a executiva.
A gerente comercial da Eletra esclareceu que, além de serem veículos não poluentes e que utilizam tecnologias limpas e de fontes renováveis, os ônibus elétricos a bateria e trólebus, assim como os híbridos e os movidos a GNV colaboram para uma matriz energética limpa com ganhos para a sociedade e para o meio ambiente.
“Na capital paulista foi aprovada a Lei 16.802/2018 que estabelece uma redução na emissão de CO2, em toda a frota de ônibus da cidade, de 50% em 10 anos e de 100% em 20 anos. Podemos fazer uma análise comparativa entre as metas estabelecidas e o drama que vivemos hoje e constataremos que os benefícios vão além das questões ambientais e de saúde. As questões econômicas e de segurança operacional são partes agregadas ao cenário positivo com a diversidade da matriz energética no transporte coletivo das grandes cidades”, conclui Iêda Oliveira. (O Brasil Sobre Rodas)