Jornal do Carro
A greve dos caminhoneiros que foi deflagrada na semana passada deixou um saldo de muitos feridos na economia. Entre as vítimas estão os emplacamentos de veículos novos. A conclusão emerge dos números do setor automotivo de maio. Eles foram divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Os segmentos de automóveis e comerciais leves, juntos, tiveram queda de 7,17% em maio em relação a abril. Foram 194.922 unidades emplacadas, contra 209.970 no mês anterior.
De acordo com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a paralisação interrompeu uma tendência de elevação das vendas que vinha se desenhando nos últimos meses. A partir do dia 25 de maio, os emplacamentos começaram a cair. Entre outros fatores, ele explica que a falta de gasolina fez com que os carros já prontos deixassem de ser levados ao Detran para serem emplacados.
Ele acrescenta que os reflexos da greve também devem se estender para o mês de junho, já que o espaço de tempo entre a venda de um carro e seu emplacamento é de até sete dias. Ele lembra, ainda, que a paralisação fez com que muitos veículos deixassem de ser fabricados, por falta de peças. Ou transportados até as concessionárias, pela imobilização dos cegonheiros.
Comparação com 2017 é positiva, diz Fenabrave
Quando se toma o morno ano de 2017 como parâmetro, porém, o desempenho de 2018 é sempre positivo. Comparando-se maio de 2018 com maio de 2017 (190.115 unidades), houve alta de 2,53% nos emplacamentos. No acumulado de janeiro a maio, o aumento foi de 16,2% perante o mesmo período do ano passado.
Se considerados todos os segmentos somados, a alta no acumulado do ano foi de 14,29% sobre 2017: foram emplacadas 1.403.863 unidades, contra 1.228.312 entre janeiro e maio do ano passado. (Jornal do Carro)