Portal G1/Jornal Nacional
Mesmo sendo feriado de Corpus Christi, indústrias aproveitaram para voltar a produzir. O objetivo era recuperar os dias perdidos durante a greve dos caminhoneiros.
Dia de muito trabalho numa indústria de autopeças em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As dez fábricas deste grupo, em quatro estados, tinham reduzido a produção pela metade, desde quarta-feira da semana passada. Queda de R$ 16 milhões no faturamento.
“Esse tempo de normalização, na minha visão, é de uma semana a 10 dias, para ter 100% de tudo como funcionava anteriormente“, disse o diretor comercial, Osias Galantine.
Alguns setores, como este, ficaram totalmente parados. A fábrica não estava recebendo oxigênio e outros gases necessários para a solda funcionar. Os operários ficaram em casa durante uma semana. E, só ontem (31), voltaram ao trabalho, em pleno feriado. Ao todo, 1,5 mil funcionários ficaram de licença.
Um acordo entre a empresa e os empregados permitiu a antecipação do feriado para sexta-feira passada. Os outros dias de folga foram para um banco de horas e devem ser compensados nas próximas semanas, inclusive aos sábados.
As unidades de uma montadora em Minas e em Pernambuco voltaram a operar ontem (31), depois de oito dias paradas. Ainda não há um balanço sobre as perdas e a retomada das atividades de todo o setor automotivo no país.
Uma fábrica de peças de som para carros continua com problemas, em Minas Gerais.
“Temos várias cargas presas em portos, aeroportos. Ainda tem cargas na estrada tentando chegar. A expectativa é de voltar a fábrica em 100%, mas, sem dúvida, na próxima semana ainda teremos impacto da crise“, afirmou o diretor industrial da fábrica, Júnio de Oliveira.
Nesta quinta, das 12 linhas de produção, só duas estavam funcionando. Depois de uma semana de folga forçada, a verificadora de qualidade Midiã Machado nem se importou que fosse feriado: “Graças a Deus tem muito trabalho, mas eu tenho certeza que a gente vai conseguir recuperar”. (Portal G1/Jornal Nacional)