Mercedes-Benz continua com a produção paralisada

AutoIndústria

 

Sem acordo com relação ao valor da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, e do índice de reajuste salarial, continua a greve iniciada na segunda-feira, 14, na fábrica de São Bernardo do Campo, SP. Em assembleia realizada na manhã de ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou aos trabalhadores que não houve acordo na reunião realizada na véspera com dirigentes da empresa.

 

Segundo o sindicato, a Mercedes-Benz chegou a fazer duas novas propostas, mas nenhuma atendia a pauta apresentada  pelos trabalhadores visando fechar o acordo coletivo deste ano, que além de itens econômicos também envolve cláusulas sociais.

 

“A Mercedes apresentou duas alternativas. A primeira proposta era não aplicar o INPC, com um abono de R$ 3,5 mil. A outra previa a reposição integral do INPC para salários até 10 mil e um abono de R$ 500, mas com redução de 4% na jornada e nos salários dos mensalistas setor administrativo por 12 meses. Não contemplam as reivindicações da categoria”, comentou Moisés Selerges, diretor-executivo do sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz.

 

Com data-base em maio, os metalúrgicos têm mantido a fábrica parada já há três dias. Atualmente, segundo o sindicato, a planta da Mercedes-Benz em São Bernardo tem 8 mil trabalhadores. A empresa não está comentando detalhes sobre o andamento das negociações. Seu presidente, Phillip Schiemer, mostrou estranheza com o movimento, uma vez que as partes ainda estavam negociando quando a greve foi deflagrada. (AutoIndústria)