O Estado de S. Paulo
Com o litro da gasolina a R$ 3,689 e o do etanol a R$ 2,269, em um posto na zona norte de São Paulo, o taxista Yuri Karpawcius, como tem feito sobretudo nos últimos meses, escolheu abastecer seu automóvel com etanol. “Apesar do aumento no preço dos combustíveis, de uns meses para cá senti uma diminuição de 30 a 40 centavos no preço do etanol”, diz.
Assim como em São Paulo, abastecer hoje o veículo com álcool está mais vantajoso do que com gasolina também em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, segundo o último levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 29 de abril e 5 de maio.
O preço encontrado por Karpawcius é mais baixo do que a média registrada em São Paulo, de R$ 2,656 para o litro do álcool, mas ainda acima do menor preço registrado pelo levantamento da ANP no Estado, R$ 2,099. São Paulo tem os preços mais baixos do Brasil.
O motorista Miguel Yoshinaga, além de optar pelo álcool, também busca o menor preço. Ao passar por um posto na capital e encontrar uma diferença de quase 10 centavos de onde costuma abastecer, resolveu completar o tanque. “Sempre preferi álcool. Apesar de falarem que às vezes não compensa, para mim sempre compensou.”
Para donos de carros bicombustíveis, o etanol é mais vantajoso economicamente se o preço não ultrapassar 70% do valor da gasolina na bomba. Para descobrir o que vale mais a pena, o consumidor precisa fazer uma conta simples. Como o etanol tem em média 70% do desempenho da gasolina, o motorista precisa pegar o preço da gasolina e multiplicar por 0,70. Por exemplo, se a gasolina estiver a R$ 3,50, ao multiplicar por 0,70 o resultado será de R$ 2,45 o litro. Dessa forma, compensa abastecer com álcool se o litro no posto for R$ 2,45 ou menos.
Segundo o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, a cotação do etanol hidratado caiu 46 centavos nas usinas, o que representa uma queda de 22 centavos na bomba. (O Estado de S. Paulo/Jéssica Alves)