GM da Coreia do Sul atrasa votação por proteção contra falência por fracasso em negociações

Reuters

 

A filial sul-coreana da General Motors adiou até segunda-feira a decisão de pedir proteção contra falência, após a montadora não conseguir chegar a um acordo salarial com empregados a tempo da data limite nesta sexta-feira.

 

A montadora norte-americana chocou a Coreia do Sul em fevereiro, quando revelou um grande plano de reestruturação para sua unidade, que envolvia o fechamento de uma de suas quatro fábricas no país e a demissão voluntária de 2.600 trabalhadores.

 

A GM buscou concessões salariais do sindicato, além de financiamento do governo e incentivos para salvar as três fábricas sul-coreanas remanescentes.

 

A montadora disse que a unidade coreana, que emprega 16 mil pessoas, provavelmente entraria em falência se nenhum acordo de reestruturação fosse alcançado até sexta-feira.

 

Após fracassar na tentativa de um acordo provisório com a empresa até o prazo, o sindicato de trabalhadores da GM Coreia pediu prorrogação para continuar as negociações, com o objetivo de concluir um acordo provisório até as 17h, horário local, na segunda-feira.

 

A GM da Coreia teve uma reunião de diretoria nesta sexta-feira para discutir o pedido de reabilitação liderada pelo tribunal, mas adiou a decisão até segunda-feira à noite.

 

“Autoridades do governo se engajarão nas negociações no fim de semana em um esforço para ajudar a chegar a um acordo de trabalho provisório entre a empresa e o sindicato até as 17h de segunda-feira”, disse a GM em comunicado.

 

Mais cedo, o sindicato disse que os dois lados continuariam conversando até segunda-feira.

 

O Banco de Desenvolvimento da Coreia do Sul disse à Reuters nesta semana que pode assinar um acordo preliminar até 27 de abril para fornecer apoio financeiro ao negócio, caso um relatório preliminar seja satisfatório.

 

A montadora americana tem 77% da GM Coreia, enquanto a KDB possui 17%. O principal parceiro chinês da GM, o Saci Motor, controla os 6% restantes. (Reuters/Hyunjoo Jia)