O Estado de S. Paulo
Com o bolso mais apertado, o brasileiro optou pela compra de veículos usados e por consertar o que tem na garagem. De janeiro a julho, a venda de usados, incluindo motos, cresceu 7,9%, enquanto a de novos caiu 4,9%, segundo a Fenauto, que representa as lojas de veículos usados.
Oficinas e lojas de autopeças também ganharam com a crise. O motorista Francisco Feitosa, de 48 anos, decidiu consertar o Voyage ano 2012 que usa para trabalhar. Foi preciso trocar a junta homocinética, pela qual pagou R$ 400, em três parcelas. A instalação ficou em R$ 150. “Hoje não tenho condições de comprar o carro zero que quero, um Corolla, que sai por R$ 80 mil.” Sua decisão foi captada pelas oficinas. No primeiro semestre, o movimento aumentou 20%, após já ter crescido 20% no ano anterior.
Lojas de autopeças também não reclamam. A rede Mercado Car registrou alta de 25% no faturamento só na unidade da Barra Funda, em São Paulo, no primeiro semestre, segundo o gerente José Augusto Martins. Na época em que o mercado de novos estava aquecido, o avanço era de 15% a 20%. A varejista, com seis lojas no Estado de São Paulo, vai inaugurar mais uma em Santo André, onde funcionava uma revenda de carros novos. (O Estado de S. Paulo/Márcia De Chiara)