Agora SUV, novo Peugeot 3008 estreia por R$ 135.990

Portal R7

 

A Peugeot lançou a segunda geração do 3008, apresentada no fim de 2016 durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Agora um genuíno SUV, o modelo – que antes era uma minivan – chega importado da França em versão única (Griffe THP) e completíssima, para disputar um dos segmentos mais concorridos do mercado brasileiro na atualidade. Da geração anterior, não preserva quase nada, exceto o conjunto mecânico, que mantém o premiado motor 1.6 turbo (165 cv) e a transmissão automática de seis marchas. De resto, o novo 3008 é outro carro, desde o chassi ao design, passando pela cabine e pelas tecnologias.

 

A nova plataforma EMP2 perdeu até 100 kg em relação à anterior, e apresenta medidas generosas para o segmento. São até 520 litros de porta-malas e o maior entre-eixos da categoria, o que resultou em uma cabine ampla para cinco adultos. A maior rigidez torcional e os vários recursos de segurança são outro ponto alto do modelo. Há seis airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente de saída em ladeiras, monitor de ponto cego, sensores de obstáculos, câmera de ré, entre outros itens. O pacote e a nova estrutura garantiram nota máxima (cinco estrelas) nos crash-tests do Euro NCAP.

 

O nível tecnológico do SUV francês também chama a atenção. A versão que será vendida no Brasil por R$ 135.990 traz conteúdos de última geração, como o carregador de smartphone wireless (sem fio), que opera por indução magnética, e o novo i-Cockpit, que projeta o painel de instrumentos em uma tela HD de 12,3 polegadas. Há ainda chave presencial com partida do motor por botão, freio de estacionamento eletrônico, teto solar panorâmico e central multimídia com tela touch de 8 polegadas, Bluetooth, GPS, entrada USB e as plataformas Apple CarPlay, para iPhones, e Google Android Auto, para celulares Android.

 

Para marcar a estreia do novo 3008 no Brasil, os primeiros 30 compradores ganharão de presente o e-Kick, um patinete elétrico com autonomia para 12 km e capaz de atingir velocidade máxima de 25 km/h. O “brinquedo”, uma solução moderna de mobilidade urbana, é compacto e virá acoplado ao porta-malas. O primeiro lote terá 50 unidades, que começam a desembarcar em meados de julho. O preço anunciado na apresentação é agressivo, e mira cinco rivais: Audi Q3 flex, Hyundai New Tucson, Kia Sportage, Volkswagen Tiguan e o Jeep Compass, atual líder da categoria. O nicho tem ainda os japoneses Honda CR-V e Toyota RAV4.

 

Dentro da linha Peugeot no Brasil, o novo 3008 terá papel valioso. Agora um SUV nas proporções, o modelo promove um mergulho tecnológico profundo, com uma das cabines mais sofisticadas do mercado. O novo i-Cockpit, de segunda geração, não apenas é moderno, mas envolve o condutor de forma única. Projeta na tela de 12,3 polegadas de alta resolução o painel de instrumentos, e permite que o condutor altere seu visual. O painel, por sinal, é totalmente voltado ao motorista e oferece excelente acabamento. Os materiais empregados são de bom gosto e os arremates são dignos de modelos de luxo.

 

Não por acaso, a Peugeot coloca o Audi Q3 dentre os rivais diretos. O pacote tecnológico e o desempenho credenciam o modelo francês a sonhar mais alto, mesmo com poucas pretensões de grande volume de vendas. Embora o conjunto mecânico seja o mesmo da versão anterior, de primeira geração, temos o excelente 1.6 16V turbo, que no 3008 beberá apenas gasolina – apesar de sua versão flex já equipar a dupla 308 e 408. O motor é acoplado à transmissão automática de seis marchas, que oferece modo manual com paddle-shifts no volante. Já veterano, o conjunto foi desenvolvido em parceria com a BMW, e segue muito interessante.

 

Digamos que, em desempenho, este 1.6 THP chega ao estado da arte combinado à nova carroceria do 3008, de concepção e construção modernas, e feita com aços de alta resistência. Além de mais leve que o chassi anterior, a estrutura é mais rígida, entregando excelente equilíbrio dinâmico ao SUV, que se comporta quase como um hatchback, sempre no trilho, estável e com movimentos precisos. O câmbio, por sua vez, não revoluciona, mas realiza as trocas de forma eficiente, sem apresentar trancos ou atrasos. E a direção elétrica possui calibração precisa, ganha peso conforme a velocidade sobe, garantindo firmeza na condução.

 

Neste primeiro contato, a imersão tecnológica, o desempenho sólido e o nível de requinte na cabine surpreenderam. Evidentemente que o preço acompanhou a evolução, e pode assustar os donos do 3008 anterior, que chegou a custar em torno de R$ 80 mil. Mas, perante os rivais, a Peugeot conseguiu empacotar bem seu SUV médio, com conteúdos de alto valor agregado. Os bancos dianteiros, por exemplo, oferecem massageadores, aquecimento e ajuste elétrico para o motorista. Há teto solar panorâmico e a cabine é coberta em couro, silenciosa e farta em espaço. Não à toa o modelo tem o maior porta-malas da categoria, com 520 litros.

 

Se tudo isso será suficiente para o SUV despontar nas vendas, é uma incógnita. Mas é merecido reconhecer: a Peugeot está engajada em convencer os consumidores brasileiros de que pode produzir carros em alto nível e capazes de seduzir não apenas no design ou no desempenho, mas também no pós-vendas. A diretora-geral da marca no Brasil, Ana Theresa Borsari, foi enfática ao dizer que a Peugeot mudou. Além de reconstruir a rede, a montadora lançou um programa de fidelização que garante a recompra dos veículos por meio dos concessionários. “Vamos mostrar que nossos carros não desvalorizam mais que os da concorrência”. (Portal R7/Diogo de Oliveira)