Ano de dupla comemoração para a Honda

O Estado de S. Paulo

 

Há 25 anos, começava a história da Honda Automóveis no Brasil. Em 28 de maio de 1992, foi inaugurada a primeira concessionária da marca, a SP-Japan, marcando o início da importação oficial de carros de passeio da empresa japonesa no mercado brasileiro. O primeiro modelo a chegar foi o Accord e, no mesmo ano, veio o Civic.

 

As importações de automóveis haviam sido retomadas dois anos antes, durante o governo de Fernando Collor de Mello. À época, diversas marcas chegavam ao País e logo algumas, como Toyota, Renault e Peugeot-Citroën, entre outras, instalaram fábricas aqui.

 

Essas empresas ficaram conhecidas como “newcomers” (novatas, em tradução livre), e vieram para abalar a tradicional estrutura do mercado, “roubando” participação de vendas de Chevrolet, Fiat, Ford e VW, as “quatro grandes”.

 

No período de importações, vieram três outros modelos da Honda, que não tiveram longa carreira no País: Prelude, Legend e Odyssey. Em outubro de 1997 foi inaugurada a fábrica de Sumaré, em São Paulo. Assim, em 2017 a marca também celebra 20 anos de fabricação de automóveis no Brasil.

 

O primeiro Honda nacional foi o Civic. O sedã, então de sexta geração – o atual é da décima – tinha produção diária de 20 unidades. Três anos mais tarde, vieram a sétima geração do sedã médio e o utilitário-esportivo CR-V, importado do Japão. Segundo Honda nacional, o Fit chegou em 2003.

 

Em 2006, a oitava geração do Civic foi um marco. Com visual arrojado, o sedã atraiu clientes mais jovens e chegou a liderar o ranking de vendas do segmento, desbancando o arquirrival Toyota Corolla. Em 2009 a Honda ampliou sua linha nacional com o City.

 

Maior sucesso atual da empresa, o HR-V veio em 2015. No início de 2017 chegou o WR-V.

 

Altos e baixos

 

Em seus 25 anos, a Honda conquistou excelente reputação, principalmente por causa do baixo índice de desvalorização de seus carros. Mas recentes pesquisas sobre nível de satisfação de clientes com vendas e serviços, feitas pela consultoria J.D Power, apontaram a marca como mediana – oscilando entre a quinta e a oitava posição, de um total de 12 montadoras avaliadas.

 

A Honda construiu uma segunda fábrica no País, em Itirapina (SP). Mas em 2015 anunciou suspensão do início das operações por tempo indeterminado, por causa da grave crise enfrentada pelo setor automotivo desde então. (O Estado de S. Paulo)