Diário do Transporte
Principalmente por causa da crise econômica, o número de veículos em circulação no país em 2016 praticamente não teve crescimento e a frota total está mais velha.
É o que aponta relatório estatístico do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores com base em dados dos associados e oficiais dos Detrans e Denatran.
O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 18 de maio de 2017.
Segundo os dados, houve um pequeno crescimento de 2015 para 2016 de 0,7% quando a frota passou de 42,58 milhões de unidades para 42,87 milhões, entre carros, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Já o total de motos em circulação no país teve queda de 1,27%, passando de 13,63 milhões em 2015 para 13,49 milhões, em 2016.
O pior desempenho, entretanto, é em relação aos veículos comerciais e pesados. Há menos ônibus circulando nas vias brasileiras – queda de 0,9%, com 389 mil 123 veículos de transporte coletivo em 2015 ante 385 mil 623 em todo ano de 2016.
A frota de comerciais leves caiu 1, 1% com 5 milhões de unidades e a de caminhões ficou estável (+ 0,1%) com 1,88 milhão de veículos.
Os veículos em circulação no Brasil estão mais velhos: a idade média é de 9,3 anos para automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus e de 7 anos para bicicletas. É a idade mais elevada desde 2006.
Os ônibus também estão mais velhos e com idade acima da média nacional. A frota de coletivos em 2016, tinha idade média de 9 anos e 11 meses, enquanto que em 2015, era de 9 anos e 6 meses.
O resultado pode ser refletido pelas quedas de índices de produção e vendas pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.
Ainda de acordo com o levantamento, 34% dos veículos do Brasil têm idade de até 5 anos ; 49% entre 6 e 15 anos e 4% circulam com mais de 20 anos de fabricação
Apesar de apesar de a frota de veículos ter se estagnado entre 2015 e 2016, a taxa de motorização do Brasil subiu de forma expressiva nos últimos 10 anos.
Em 2006, o país tinha um carro para 7,7 habitantes. Atualmente, essa relação é de um carro para 4,8 habitantes
Em relação aos combustíveis, o número de veículos a gasolina que era de 67,3%, em 2006; caiu para 29,4%, em 2016, sendo, superado pela frota flex que subiu de 10,8% para 59,8% no mesmo período. O etanol, considerado combustível brasileiro, abastecendo unicamente os tanques, tirando, portanto, os modelos flex, caiu de 11,6%, em 2006, para 0,9%, em 2016.
Já os veículos a diesel que representavam 10,3% da frota, em 2006; em 2016, somaram 9,8% da frota brasileira.
Pelo número ser bem reduzido, não há se quer um registro no levantamento de ônibus e carros elétricos.
O Estado de São Paulo reúne mais de um terço da frota em todo o país. O estado onde há menos veículos é Roraima. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)