Metro Brasil
O consórcio para veículos leves (automóveis e pequenos utilitários) registrou a venda de 254,6 mil novas cotas no primeiro trimestre, alta de 16,1% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio), os volumes de créditos comercializados cresceram 21,6%, para R$ 10,54 bilhões, no período.
Para Thiago Alvarez, sócio do Guia-Bolso, o consórcio é uma saída “à brasileira” criada para driblar os tempos de crédito escasso. “Hoje, mesmo com as restrições de crédito em função de crise, o tamanho do mercado brasileiro de crédito é outro. Mesmo assim, o consórcio mantém a popularidade”, afirma.
Na sua avaliação, o consórcio pode ser vantajoso para pequenos poupadores pouco acostumados a planejar e investir para o futuro, servindo, em alguns casos, como uma primeira medida de educação financeira.
Segundo Alvarez, a modalidade acaba tendo alguma atratividade só quando a pessoa é contemplada logo no início e não precisa esperar para conseguir o bem. “Se a contemplação demorar, mesmo que o custo do consórcio seja menor do que o do financiamento, a vantagem em usar esse modelo de autofinanciamento desaparece. O consumidor poderia estar fazendo melhor uso daquele dinheiro do que contribuir e esperar a contemplação”, afirma.
Para ele, é muito mais vantajoso investir e usar os rendimentos das aplicações para dar uma boa entrada no veículo ou imóvel ou ainda fazer a compra à vista. “Uma boa dica é investir mensalmente, em renda fixa, por exemplo, e juntar dinheiro suficiente para dar de entrada e reduzir o período de financiamento”, acrescenta. (Metro Brasil)