O Estado de S. Paulo
A produção de veículos no Brasil cresceu 20,9% no primeiro quadrimestre ante igual período de 2016, para 801,6 mil unidades. Apesar da alta, puxada pelas exportações, o setor opera com ociosidade média de 55% (52% nas fábricas de automóveis e 80% nas de caminhões e ônibus).
Em razão desse quadro, as montadoras mantêm 8.938 funcionários com jornada e salários reduzidos e 1.347 em lay-off (contratos suspensos). Em 12 meses, 8.419 trabalhadores foram demitidos. Hoje, o setor emprega 120,9 mil pessoas.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, espera melhora a partir do segundo semestre, quando, em sua opinião, as vendas devem melhorar – o saldo de janeiro a abril foi o pior para o período desde 2006, com 628,9 mil unidades vendidas.
O setor espera que as reformas trabalhista e da Previdência sejam aprovadas. Para Megale, essas medidas darão maior confiança aos investidores. “E isso certamente deve trazer mais investimentos para nosso setor.” Há alguns dias, executivos de 15 montadoras estiveram com o presidente Michel Temer para discutir a nova política industrial para o setor. (O Estado de S. Paulo)