Frota & Cia
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em conjunto com os presidentes e líderes dos fabricantes de veículos no Brasil, esteve em Brasília na última terça-feira, 25, para reunião com o Presidente da República Michel Temer e os Ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, e Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
A entidade expôs a criticidade da conjuntura setorial, que registra índices elevados de ociosidade nas fábricas, e apresentou o plano “Agenda Automotiva Brasil”, uma visão sobre os pilares necessários para um desenvolvimento sustentável de longo prazo. O objetivo é preparar o setor automotivo brasileiro para competir no mercado global, considerando as rápidas transformações que a indústria enfrenta no mundo todo. Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, trabalhar com um horizonte até 2030 é fundamental para o planejamento das empresas.
“Estabelecer um programa com prazo superior a dez anos representa um grande avanço para a indústria e para o Brasil, pois dará previsibilidade ao planejamento e investimento das empresas. Com a formação dos grupos de trabalho, compostos por representantes de vários ministérios e com participação da iniciativa privada, temos a expectativa de que todos os pontos avancem rapidamente e as regulamentações estejam concluídas até o fim deste ano”, diz.
Os pilares da “Agenda Automotiva Brasil” envolvem a recuperação da base de fornecedores, localização de tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e engenharia, eficiência energética, que considerará as características do etanol como combustível limpo, segurança veicular, inspeção técnica veicular, resolução de entraves logísticos, relações trabalhistas e tributação.
Todos os pontos fazem parte das discussões do novo ciclo de política automotiva, que se iniciaram oficialmente na terça-feira da semana passada, 18, após apresentação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Para o desenvolvimento das ações, o Ministro Marcos Pereira anunciou a criação do Grupo de Alto Nível (GAN) 2030, que terá seis grupos de trabalho para abordar cada um dos temas.
Segundo Megale, “a mobilidade está se transformando muito rapidamente no mundo todo e os consumidores, cada vez mais exigentes, anseiam por novas tecnologias, evolução da segurança e redução das emissões. Com o fim do Inovar-Auto e as lições aprendidas com ele, temos uma oportunidade única de desenvolver um novo regime automotivo de longo prazo atento a estas transformações e que fortaleça toda a cadeia produtiva para competir no mercado global”.
De acordo com o MDIC, a previsão é de que até 30 de agosto todos os pontos do novo ciclo de política automotiva estejam concluídos. Os últimos meses do ano serão destinados às regulamentações necessárias para que tudo esteja em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018. (Frota & Cia)