DCI
A MAN Latin America, fabricante dos veículos comerciais Volkswagen, trabalha para elevar as exportações. Com as negociações do primeiro trimestre, a montadora já está muito perto de atingir a meta de 30% da produção destinada às vendas ao exterior.
“Historicamente, as exportações representavam 15% do volume produzido em Resende (RJ). Mas com a nossa política de internacionalização, temos aumentado consideravelmente os embarques”, afirmou ao DCI o presidente da MAN, Roberto Cortes.
Recentemente, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, comentou que as montadoras deixaram as exportações de lado no auge das vendas domésticas, em meados de 2012. “Espero que tenhamos aprendido que não podemos desprezar o mercado externo como fizemos no passado, quando o Brasil estava demandando muito”, disse o dirigente em balanço mensal da entidade.
Conforme a Anfavea, o recorde de exportações do setor ocorreu em 2005, quando os embarques atingiram quase um milhão de unidades. Para 2017, entidade projeta 558 mil unidades exportadas, alta de 7% sobre o ano passado. No segmento de caminhões e ônibus, a previsão é de crescimento de 10%, para 34,4 mil veículos.
Perenidade
Cortes garante que a montadora nunca deixou de olhar para o mercado externo. “Como política, sempre preservamos as exportações. Mas com o boom que o Brasil viveu há alguns anos, naturalmente tivemos que nos concentrar mais no mercado doméstico.”
A Argentina é hoje o principal destino da MAN. “Estamos exportando quase 3 mil unidades para o país”, pontua. Contudo, a companhia tem vendido também para outros países como Chile e Peru. “Realizamos nossa maior venda do ano no mês passado. Fechamos a exportação de 304 produtos para o México”, conta ele.
O negócio envolveu a Heineken e um grande transportador. “No nosso segmento, as negociações demoram muito e, no caso dessa venda, levou seis meses”, revela.
Cortes explica que a exportação de caminhões e ônibus tem uma particularidade que os veículos leves não têm.
Para o médio prazo, os planos da MAN incluem exportar para mercados com características semelhantes ao do Brasil.
“Um dos nossos focos é o Oriente Médio, por exemplo. Eventualmente o Irã”, revela o presidente da montadora. (DCI/Juliana Estigarríbia)