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A Ford encontrou um jeito de os policiais perseguirem bandidos em alta velocidade nos Estados e ajudarem o meio ambiente ao mesmo tempo. Para isso, criou uma configuração preparada do sedã Fusion, batizada de “Police Responder”, que servirá como primeira viatura híbrida do mundo.
O veículo está sendo revelado nesta semana em eventos simultâneos em Nova Iorque e Los Angeles, e começará a ser oferecido aos departamentos de polícia da América do Norte em 2018.
A ideia geral de um “híbrido” é a de um carro totalmente focado em consumo e que, portanto, não tem desempenho empolgante. Sim, o Fusion Police Responder será um carro econômico e ecologicamente correto, pois promete fazer 16 km/l no ciclo combinado de cidade e rodovia (seu motor a combustão usa só gasolina).
Entretanto, engana-se quem pensar que ele não será capaz de perseguir bandidos a altas velocidades. Dotada de motor 2.0 EcoBoost (turbo) de ciclo Atkinson, combinado a um propulsor elétrico alimentado por baterias de íon-lítio, a viatura vai de 0 a 60 mph (96 km/h) em 8,7 segundos.
Economia milionária
Com a média de consumo caindo pela metade em relação aos atuais Fusion Police Interceptor (que é equipado com o mesmo V6 de 3,7 litros já oferecido no Brasil), a Ford calcula que cada unidade economize US$ 3.877 por ano em combustível. Para forças policiais de grandes cidades, que contam com mais de 1.000 viaturas em suas frotas, a economia anual pode chegar a US$ 4 milhões.
“Ter um carro de perseguição verde é o que todos queriam. Esperamos que esse veículo aumente nossa participação de mercado”, disse Arie Groeneveld, engenheiro-chefe do programa da Ford para viaturas de polícia, em entrevista. Especializada em preparar viaturas desde 1920, a marca controla atualmente dois terços desse mercado nos EUA.
O Responder é um dos 13 novos modelos híbridos ou elétricos que a Ford afirma que oferecerá em todo o mundo até 2020, número que responderá por 40% da oferta de suas concessionárias, contra 13% atuais.
A fabricante também investirá US$ 4,5 bilhões em um plano ambicioso para eletrificar sua linha, apesar de o presidente americano, Donald Trump, ter sinalizado uma flexibilização das regulações sobre economia de combustível e eficiência energética no país. (UOL Carros/Bloomberg)