Toyota C-HR gabarita teste de segurança europeu; Ka vai mais ou menos

UOL Carros

 

A mais recente rodada de testes de impacto realizada pelo Euro NCAP (programa de segurança viária para veículos vendidos na Europa), divulgada nta quarta-feira (1º), teve importância também para o mercado brasileiro. Afinal, quatro dos seis modelos avaliados são ou serão vendidos por aqui.

 

Grande destaque foi o resultado do Toyota C-HR, que obteve nota máxima de cinco estrelas apesar de ser um veículo de porte compacto. Já o brasileiro Ford Ka hatch, vendido no Velho Continente sob a alcunha Ka+, teve desempenho apenas mediano e finalizou com três estrelas.

 

Perto de ser lançado globalmente (por aqui a previsão é para julho), o Land Rover Discovery de quinta geração não decepcionou e fechou com número máximo de estrelas, assim como a segunda geração do Audi Q5 (que deve aportar por aqui ainda este ano).

 

Já as novas gerações de Citroën C3 e Fiat 500, distantes de nosso mercado devido aos custos de produção (no caso do primeiro) e importação (situação do segundo), receberam quatro e três estrelas, respectivamente.

 

C-HR, a grata surpresa

 

Construído sobre a moderna plataforma modular TNGA – a mesma do Prius e que, nos próximos anos, dará vida ao Corolla 12 -, o C-HR tirou o Euro NCAP de letra.

 

Bastante especulado para o Brasil, onde cairia como uma luva para brigar com o Honda HR-V, o suvinho acupezado alcançou, numa escala de 0 a 100% em segurança, segundo as medições do órgão: 95% de proteção para adultos; 77% de proteção para crianças; 76% de proteção para pedestres; 78% em assistências.

 

São índices superiores inclusive aos obtidos por Discovery e Q5, dois SUVs de luxo.

 

Habitáculo apresentou comportamento estável no teste frontal parcial contra barreira deformável a 64 km/h, com bom grau de proteção para pernas e joelhos dos ocupantes. O ponto mais crítico foi o teste frontal total em parede a 50 km/h, em que o índice de segurança para o tórax do passageiro dianteiro foi considerado somente “adequado”.

 

O instituto avaliou como exemplar o comportamento nos testes laterais contra barreira móvel e poste. Presença de controles eletrônicos como frenagem emergencial anticolisão (que inclui detecção de pedestres) e assistente de manutenção de faixa rendeu pontos extras.

 

Ka no meio-termo

 

Já o resultado do Ka, se não pode ser classificado como ruim (dado o extremo rigor da prova), também não dá para ser comemorado. O compacto desenvolvido no Brasil recebeu os seguintes percentuais de proteção: 73% para adultos; 61% para crianças; 57% para pedestres; 29% em assistências.

 

Pesaram contra o pequeno hatch fatores como danos sofridos por peito e fêmur dos bonecos posicionados no banco da frente durante a colisão frontal parcial, o que levou os avaliadores a darem a classificação “marginal”. Já a proteção do tórax do passageiro durante o impacto frontal total recebeu a avaliação “pobre”.

 

Além disso, o veículo dispõe de itens de segurança considerados básicos nos dias atuais: controle de estabilidade, freios ABS, airbags frontais, laterais e de cortina, ganchos para cadeirinhas infantis e cintos com pré-tensionadores e alerta de fixação. Não há qualquer assistência ativa. (UOL Carros)