Volkswagen aceita acordo de US$ 4,3 bilhões com EUA sobre fraude em testes de poluentes

Reuters

 

A Volkswagen aceitou um acordo de US$ 4,3 bilhões para encerrar investigações criminais e civis do governo dos Estados Unidos sobre o escândalo de fraude de testes de emissão de poluentes em veículos a diesel da montadora alemã, de acordo com documentos divulgados nesta quarta-feira (11).

 

Promotores também acusaram seis executivos da Volkswagen e funcionários pela participação em quase 10 anos em conspiração, incluindo Oliver Schmidt, que era o gerente responsável pelo escritório ambiental e de engenharia da companhia em Michigan.

 

De acordo com documentos arquivados no Tribunal de Distrito dos EUA em Detroit, a Volkswagen pagará uma multa civil de US$ 1,5 bilhão e multa criminal de US$ 2,8 bilhões. A empresa teria recebido multas ainda maiores se não tivesse concordado em gastar cerca de US$ 11 bilhões para atender veículos de consumidores.

 

Após a empresa se declarar culpada por conspiração para cometer fraude, obstrução da justiça e entrada de mercadorias por falsa declaração, ela será formalmente sentenciada.

 

A Volkswagen admitiu que seis supervisores que não tiveram os nomes divulgados enganaram, de 2006 a 2016, reguladores e clientes sobre os procedimentos. O Departamento de Justiça informou que empregados da empresa disseram a engenheiros em 2012 para destruir um documento que detalhou a fraude e que os advogados incitavam os funcionários a destruir documentos.

 

A companhia enfrentará supervisão por um monitor independente por três anos e concordou em fazer reformas significativas. A empresa concordou em demitir seis funcionários, suspender oito e disciplinar três que participaram da má conduta relacionada ao caso. O acordo ainda precisa ser aprovado pelo juiz distrital Sean Cox, em Detroit.

 

A segunda maior montadora de veículos do mundo confirmou na terça-feira (10) que negociou um acordo de US$ 4,3 bilhões com autoridades norte-americanas para encerrar as acusações e que planeja se declarar culpada de má conduta como parte do acordo civil e criminal. (Reuters)