O Estado de S. Paulo
A venda de veículos novos no Brasil subiu 12% em novembro, na comparação com outubro, informou, nesta quinta-feira (01), a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram 178.141 unidades vendidas no mês, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Em relação ao mesmo mês de 2015, porém, a queda foi de 8,74%. De janeiro a novembro, o setor acumula retração de 21,16% nas vendas, para 1,845 milhão de unidades, ante o mesmo período do ano passado.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves, que representam a maior fatia do mercado, venderam 173.561 unidades em novembro, alta de 12,07% em relação a outubro e queda de 8,33% ante novembro de 2015. No acumulado de 2016, foram vendidas 1,787 milhão de unidades, recuo de 20,78% sobre igual período de 2015.
Entre os veículos pesados, os emplacamentos de caminhões somaram 3.799 unidades em novembro, com alta de 10,53% ante outubro e recuo de 20,16% sobre o volume de novembro do ano passado. No acumulado do ano, as vendas diminuíram 30,73%, para um total de 45.848 unidades.
No caso dos ônibus, foram vendidas 801 unidades, expansão de 5,81% em relação ao volume de outubro, mas queda de 28,55% ante igual mês do ano passado. De janeiro a novembro, os emplacamentos de ônibus somam 12.714 unidades, contração de 32,32%.
Frustração
Apesar da melhora no mês, o resultado ficou abaixo do que esperava a Fenabrave. Na abertura do Salão do Automóvel de São Paulo, no último dia 10, o presidente da associação, Alarico Assumpção Júnior, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, esperar que as vendas de novembro superassem o resultado de 2015.
Apesar de a previsão não ter se concretizado, com um tombo menor no mês, a baixa acumulada no setor de veículos foi amenizada. No primeiro trimestre, a queda era de 28,62%. No primeiro semestre, o mercado caía, 25,43%. Agora, a redução acumulada é de 21,16%.
A previsão da Fenabrave para 2016 é de queda de 19,5% nos segmentos de automóveis e comerciais leves, que se somará ao recuo de 25,6% em 2015. Para caminhões, a expectativa é de contração de 28,5%, após baixa de 47,6% no ano passado. E, para os ônibus, a projeção é que as vendas caiam 23%, depois de uma baixa de 36,5% em 2015. (O Estado de S. Paulo/André Ítalo Rocha)