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Nos últimos cinco anos, as multas por uso de celular ao volante no Estado de São Paulo cresceram 43,29% (de 80.182 em 2010 para 114.894 no ano passado).
De acordo com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), o uso de dispositivos móveis ao volante pode ser tão prejudicial quanto dirigir embriagado e aumenta em três vezes risco de acidentes.
Só nos sete primeiros meses deste ano, já foram registradas 63.441 multas por esse motivo. Além do Detran, todos os órgãos de trânsito (CET e polícias rodoviárias) fiscalizam e multam esse tipo de infração.
Isso leva o órgão a crer que esses números não refletem o total de autuações por uso do celular ao volante no Estado. Ou seja, há subnotificação.
Pesquisa do American Automobile Association Foundation for Traffic Safety, ao usar o celular, o motorista fica em média quatro segundos sem olhar para a via. Isso a 90 km/h é suficiente para percorrer 120 metros (o equivalente ao comprimento de um campo de futebol) sem prestar atenção no trânsito.
Outro estudo, do Departamento de Segurança Viária nas Rodovias dos Estados Unidos, indica que distrações ao dirigir, incluindo uso de dispositivos móveis, aumentam em até três vezes o risco de se envolver em um acidente.
“O uso de celular comprovadamente diminui a atenção e os reflexos do motorista e, consequentemente, aumenta a possibilidade de acidentes”, diz José Antonio Oka, coordenador do Observatório Paulista de Trânsito do Detran.SP.
O uso do celular ao volante é considerado infração média e é punido com multa de R$ 85,13 e quatro pontos na habilitação. A partir de 1º de novembro, será considerada infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete na carteira.
“Multa é o menor dos problemas que uma pessoa pode ter ao usar o celular enquanto dirige. É um comportamento que pode causar colisões e mortes”, afirma Neiva Aparecida Doretto, diretora vice-presidente do Detran.SP. (Carpress)