Agência Estado
As duas primeiras semanas de outubro, que vão até o dia 14, somam vendas de 70,7 mil veículos novos no Brasil, queda de 13,6% em relação a igual período do ano passado, afirmou nesta segunda-feira, 17, o vice-presidente da Ford e vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb, em apresentação para participantes de evento do setor automotivo, que acontece em São Paulo.
O ritmo diário, portanto, ficou em 7,8 mil unidades na primeira metade do mês, também recuo de 13,6% em comparação com a média da primeira quinzena de outubro de 2015. “Temos uma tendência de contração e não há um ponto de inflexão ainda”, disse. “Temos a mensagem clara de que não há sinal de estabilidade, não houve sinal de recuperação”, continuou o executivo.
A retomada, disse Golfarb, poderá se materializar no segundo semestre de 2017, caso o Banco Central comece o processo de diminuição da taxa básica de juros já nesta reunião de outubro. “A queda da taxa é um estímulo para a economia, mas há um atraso de seis a oito meses para se traduzir em resultado”, disse o executivo, referindo-se à concessão de crédito para a aquisição de veículos.
Em relação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que limita o crescimento dos gastos públicos federais à inflação do ano anterior, conhecida como PEC do Teto ou PEC 241, Golfarb avaliou a medida como positiva e necessária para que o endividamento público seja estabilizado, mas disse que a proposta será desastrosa caso não haja, em seguida, a aprovação de uma reforma da Previdência. “O déficit da Previdência é gigantesco e explosivo, cresce mais que a inflação e a população, mais do que qualquer coisa do que se possa imaginar. Vai ser um desastre para manter o teto do ponto de vista administrativo”, explicou. (Agência Estado)