New Holland espera recuperação nas vendas do segundo semestre

DCI

 

Amparado pela reação nos níveis de confiança do setor agrícola e pela necessidade de renovação periódica nos parques de máquinas, o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Alessandro Maritano, acredita que a retração de 15% a 20% em vendas de tratores e colheitadeiras vista nos primeiros seis meses do ano pode ser recuperada neste semestre.

 

Desde o ano passado, a indústria de máquinas agrícolas como um todo tem sofrido pela limitação de novos investimentos no campo. “Os clientes atrasaram a renovação da frota e isto está penalizando a capacidade de produção. Está havendo uma necessidade real de troca nos equipamentos”, afirma o executivo, a jornalistas, na Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), em Esteio, no Rio Grande do Sul.

 

A expectativa é encerrar 2016 com 32 a 35 mil tratores comercializados e de 4 mil a 4,3 mil colheitadeiras. Em 2015, estes números representavam 36 mil e 3,9 mil, respectivamente. Para o próximo ano, Maritano aposta em um incremento de 20% em vendas.

 

Neste mês, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), divulgou o avanço de 19,4 pontos no Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), relativo ao segundo trimestre de 2016 contra o intervalo imediatamente anterior, para 102,1 pontos. De acordo com o levantamento, os 100 pontos representam a neutralidade. A justificativa dada pelas instituições foi a combinação entre a melhora na percepção da economia e os bons preços das commodities.

 

No mercado em geral, os dados mais recentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam alta de 1,3% nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em julho, na variação anual, porém, recuo de 26,4% no acumulado de 2016, ante o mesmo período de 2015.

 

América Latina

 

As modificações tributárias para commodities agrícolas na Argentina deram margem para que aquele mercado assumisse um papel mais importante na América Latina, diante da crise econômica nos demais países da região.

 

“Tudo isso deu um impulso (na Argentina) que não estávamos assistindo. No primeiro semestre, eles tiveram um crescimento de 10% a 20% e devem crescer ainda mais”, afirma Maritano.

 

O país vizinho deve fechar, em 2016, com vendas de 650 a 700 colheitadeiras e até 6 mil tratores. (DCI/Nayara Figueiredo