“Não temos preocupação com liderança”, diz executivo da Honda

Carpress

 

“Que deliiiiiiícia!!!” Sim, foi essa tripla exclamação com que Rodrigo Bocardi saúda as sextas-feiras no “Bom Dia São Paulo” que veio à mente às primeiras aceleradas do Honda Civic Geração 10, lançado nesta semana.

 

E olha que a primeira versão que o Carpress dirigiu foi a EXL CVT – só depois experimentou a Touring. O modelo chega nas versões Sport Manual (R$ 87.900), Sport CVT (R$ 94.900), EX CVT (R$ 98.400), EXL CVT (R$ 105.900) e Touring (R$ 124.900).

 

As versões EX, EXL e Sport têm motor 2.0 i-VTEC FlexOne de 155 cv a 6.300 rpm e 19,5 kgfm de torque (força) a 4.800 rpm no etanol, enquanto a Touring gera 173 cv a 5.500 rpm, com torque linear de 22,4 kgfm entre 1.700 rpm a 5.500 rpm.

 

Traduzindo, o modelo resgata o prazer de dirigir da Geração 8, lançada em 2006. À época era considerado o melhor sedã médio do mercado. Outros tempos, pois, visto em perspectiva, o carro praticamente não trazia conectividade, hoje em dia uma condição sem a qual praticamente não se vende nada.

 

Há duas opções de transmissão, sendo uma manual de seis velocidades (Sport), e uma continuamente variável: (Sport, EX, EXL e Touring). O novo Civic também terá duas opções de motorização – 2.0 FlexOne, para as versões Sport, EX e EXL e 1.5 Turbo para a Touring.

 

Segundo a Honda, a expectativa é vender 3.000 unidades do novo modelo por mês – 48% das versões EX e EXL, 28% da Touring e 24% da Sport. Parece uma meta modesta, uma vez que o Toyota Corolla, seu rival de origem japonesa, vendeu praticamente o dobro (mais exatamente 5.919 unidades) em julho.

 

“Não temos preocupação com liderança de mercado a princípio”, afirma Marcos Martins, gerente-geral de Vendas da Honda. A fábrica de Sumaré (SP), onde o sedã é fabricado, trabalha em dois turnos, com capacidade de produzir 120 mil veículos por ano. Lá também são feitos os modelos HR-V, Fit e City.

 

Segundo ele, a unidade de Itirapina (SP), cujo início de funcionamento foi adiado por conta da crise econômica, só seria ativada caso fosse necessário – com capacidade de produzir mais 120 mil unidades anuais.

 

“Não diria que temos plano B. Temos planos de A a E, dependendo do mercado. Com a retomada do índice de confiança do consumidor, o mercado começará a reagir”, diz o executivo, que adiantou melhorias para o HR-V, cuja linha 2017 deve ser apresentada no final do próximo mês.

 

“Hoje temos um portfólio moderno e alinhado com os principais mercados mundiais”, observa Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America. “O Civic é muito mais do que um automóvel para nós.” Em vez de usar o termo crise, o executivo fala em “ano desafiador”. “No longo prazo, a expectativa é de crescimento.”

 

Ele aproveitou para anunciar a venda do HondaJet na 13ª Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition), tradicional feira de aviação executiva, que acontece de 30 de agosto a 1º de setembro no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

 

Enquanto isso, Roberto Akiyama, vice-presidente da Honda South America, anuncia que mais de 2.000 consumidores adquiriram o Civic Geração 10 na fase de pré-venda, iniciada em 30 de julho. O lançamento oficial do modelo acontece nesta quinta (25).

 

Só há um quê de saudades das gerações anteriores do Civic, fora a história que fizeram: o tempo em que o modelo era vendido por R$ 59.900. (Carpress/Luís Perez)